Materiais:
Enviada em: 01/10/2018

James Lovelock enfatiza na Hipótese de Gaia que o planeta terra é como um organismo vivo  composto por um complexo sistema integrante e autorregulante, onde os quatros elementos naturais da terra assumem uma função, em tal cenário a água dos rios e oceanos admitem o papel das artérias e veias, responsável pela circulação e bombardeamento de O². Nesse sentido, é indubitável afirmar que a água é vital para existência da vida terrestre e, sua escassez colocaria em risco a sobrevivência  da espécia humana. Os déficits da falta de H2O impactaria diretamente o modo de vida da sociedade e principalmente o equilíbrio ecológico do planeta terra.     Segundo Tales de Mileto, filósofo da Grécia Antiga, a água é o principal elemento da natureza e a essência de todas as coisas. Consequentemente a ausência de tal elemento impactaria diretamente  a alimentação da população mundial, gerando uma desnutrição severa por carência de sais minerais. Tal situação é relatada no livro Vidas Secas de Graciliano Ramos, romance da segunda fase modernista, que retrata a vida miserável de uma família de retirantes sertanejos que são obrigados a se deslocar de tempos em tempos pela seca. Percebe-se, portanto, que escassez da água já é uma realidade evidente tanto para o Nordeste do Brasil quanto para a África Subsariana.    Acresce-se a isso, o impacto causado à mãe natureza, que por consequência a água se tornaria um elemento de alto valor econômico no século XXI, podendo ser considerado simbolo de riqueza, como o açúcar no mercantilismo e o petróleo no neocolonialismo. Entretanto, tais sistemas econômicos  resultaram em impactos negativos para o equilíbrio ecológico, assim seria na disputa mundial pela água. Com isso, é essencial frisar que a teoria do Mileto estava exata e que simultaneamente complementa a ideologia de Lovelock, pois, a água deu vida á terra, possibilitando e existência da vida.    Torna-se evidente, portanto, que no século XXI a falta e massa líquida doce na biosfera já é uma realidade e sua inexistência precariza a sociabilidade entre os seres humanos. Em razão disso, para a escassez de água não se torne uma problemática irreversível, é preciso reeducar a base da sociedade á respeito da sustentabilidade da natureza, pois, crianças crescem pensando que a água é finita e, se permitem desperdiça-las sem preocupações. Desse modo, uma nova educação sustentável precisa ser inserida na educação, assim Aristóteles afirmava que a Educação capacita o homem para a sociedade, com isso, os cidadãos podem assumir suas responsabilidades com a natureza, desfrutando da tecnologia para desenvolver novos meios de renovar e transformar a água impura em potável, como  as recentes usinas de dessalinização que são responsáveis por atender 20% da demanda de água em Israel.