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Enviada em: 01/10/2018

“O importante não é viver, mas viver bem. ” Segundo Platão, a qualidade de vida tem tamanha importância que ultrapassa o sentido da própria existência. Entretanto, essa não é a realidade para os cidadãos, que padecem pela escassez da água hodiernamente. Sendo assim, ao invés de agir para tentar aproximar a prática descrita por Platão da vivenciada por esses indivíduos, uma gestão governamental débil e o uso impróprio do recurso acabam contribuindo para a degradante situação atual.   Convém ressaltar, a princípio, que o desperdício descabido da água acaba por dificultar a sua disponibilidade, já que intensifica a segregação na oferta desse bem. Em consequência, em países como a África por dia morrem duas mil crianças pela desidratação, de acordo com o Instituto Internacional de Alimentação, com isso se observa que o quadro é deplorável. Nesse contexto, o gasto exagerado de H2O funciona como a primeira lei de Newton, a norma da inércia, a qual afirma que um corpo tende a permanecer em movimento até que uma força suficiente atue sobre ele mudando-o de percurso, no caso tornar ínfima a perda desse líquido essencial. Dessarte, diante do pífio cenário marcado por graves óbices sociais, há uma desproporção entre o posicionamento de Platão e o adotado no mundo. Além disso, por mais que a governos tenham avançado com estações de tratamento de água, promovendo a reutilização dessa e diminuindo sua falta, ainda há um número insuficiente para uma mudança legítima. Essa conjuntura, de acordo com os ideias do contratualista John Locke, alude ao “contrato social” e suscita sua violação, uma vez que, os Estados não cumprem a sua função de garantir que tais indivíduos gozem de direitos básicos, como a administração correta de um item essencial a vida. Desse modo, a árdua situação desses cidadãos, que não contam com esse recurso, é um problema funesto que reduzido, ampliará a qualidade de vida de muitos indivíduos e corrobora o pensamento de Platão. Evidenciam-se, portanto, significativas dificuldades na redução da escassez de água e de seus impactos atuais. Por conseguinte, Canais de TV e redes sociais, por meio de peças publicitárias, podem divulgar periodicamente dados relativos a pesquisas sobre a situação, para impactar o interlocutor, com o objetivo de instigar uma mudança na ideologia da população, assim como tornar visível o que nunca poderia ter sido ignorado, que a água é primordial a vida e sua falta gera altos danos. Outrossim, é necessário que o Poder Judiciário e a população local verifiquem as condições de tratamento hídrico e se necessário exijam melhorias, para que haja maior aproveitamento e menos desperdício, pois todos são agentes e beneficiários nesse caso. Aumentam assim as chances de se alcançar uma melhor qualidade de vida em que as pessoas não apenas existam, mas vivam bem.