Materiais:
Enviada em: 01/10/2018

No filme “Mad Max: Estrada da Fúria”, o cenário mostra o planeta Terra com demasiada escassez de água, bem como de pessoas, em virtude da primeira problemática acarretar a segunda. Embora essa ficção revele um futuro longínquo, hodiernamente, a forma irrelevante como a água é discutida nas escolas, como também a alienação midiática quanto a esse recurso, são fatores que fortificam a possibilidade do mundo se igualar ao longa-metragem em um curto período de tempo. Logo, é necessário analisar os impactos da escassez de água na contemporaneidade, para que intervenções possam ser feitas durante o século XXI.    Consoante o filósofo Aristóteles, para que a moralidade acompanhe os indivíduos, eles deveriam agir conforme à justa medida, isto é, fugir dos extremos. Nesse sentido, atualmente, entende-se que a elucidação diante da problemática da escassez de água, nas escolas, ainda não é ética, pois esse assunto é tratado com infimidade em relação à afirmação aristotélica. Uma vez que, no Brasil, em virtude da carência de água ser irrelevante na maior parte do país, o problema da falta desse recurso é debatido pelo conhecimento globalizado dessa adversidade, enquanto a abordagem que relaciona a possibilidade dessa problemática em um futuro próximo é esquecida, assim como as profilaxias diante dessa contingência, o que mostra a insuficiência com que o assunto é discorrido.     Outrossim, de acordo com os sociólogos Adorno e Horkheimer, a indústria cultural distorce a realidade em prol de uma alienação midiática que coincida com os ideais do sistema econômico vigente. Nesse contexto, elucida-se que, se a mídia produz filmes, novelas e programas televisivos, em sua maioria, não direcionados à importância das consequências da escassez de água, nem ao menos que relate essa adversidade em pequenos trechos, é em razão da existência de um mercado de cosméticos, roupas e alimentos que simultaneamente lucra e utiliza da água virtual -produtos que não são necessariamente líquidos, mas que consomem uma grande quantidade água em sua produção-. Dessa forma, percebe-se que a alienação midiática relacionada ao esquecimento do uso sustentável do recurso natural supracitado por parte da sociedade, corrobora para que a água se torne escassa tanto para a esfera social, quanto para a esfera mercantil    Portanto, com o intuito de intervir contra os impactos da escassez de água, o Governo, em parceria com o MEC e o Ministério da Cultura, deve criar documentários brasileiros a respeito da grande capacidade hídrica brasileira, os quais precisam ser criados por alunos do ensino médio e superior, assim como necessitam evidenciar por meio dessa participação educacional, a urgência em preservar essa capacidade e difundir esse projeto em todos os âmbitos educacionais, como também virtuais.