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Enviada em: 01/10/2018

Na obra literária “Vidas Secas”, de Graciliano Ramos, é perceptível o contínuo anseio pela sobrevivência humana, a fim de obter um direito universal inquestionável: a água. A escassez desse bem hídrico tornou-se um problema atemporal e aflige a sociedade contemporânea à medida que sua demanda e consumo aumentam. Assim, torna-se imprescindível alterar esse uso desregulado e combater a desigualdade na obtenção de tal recurso.             Primeiramente, um contribuinte ao emprego irresponsável da água é o chamado “consumo virtual”. Isto é, a quantidade líquida utilizada para a fabricação de produtos, como, automóveis ou a própria calça jeans, que necessita de 11.000 litros para atingir a tonalidade ideal. Neste sentido, intuímos que o desperdício desse composto inorgânico não provém unicamente dos descuidos dos cidadãos, visto que as indústrias favorecem sua carência, ao visar a promoção de lucros comerciais do sistema de produção capitalista.          Além disso, o Brasil enfrenta uma crise hídrica, principalmente, o estado de São Paulo, que sofre com o esgotamento do reservatório da Canteira. Tal fato, somado à ausência de chuvas e à demanda de suprir as necessidades da população, fomentou um processo de conscientização e controle da distribuição da água em determinados dias da semana. Porém, ainda que a mídia se volte à localidade econômica mais desenvolvida do país, a região Nordeste já convive, há anos, com a ausência de abastecimento total desse fluido.              São notáveis, portanto, as causas da escassez desse solvente universal. Logo, o poder midiático deve alertar e orientar ao público sobre o uso consciente. Em segundo lugar, o Executivo Estadual, em parceria com as concessionarias de fornecimento de água, precisam fiscalizar as industrias, afim de verificar a destinação dos dejetos usados nas linhas de montagens, para quem sabe,  um dia não exista mais Fabianos no Brasil que necessitem fugir da escassez do liquido precioso.