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Enviada em: 01/10/2018

Em sua obra Vidas Secas, o autor Graciliano Ramos apresenta de maneira verossímil os impactos da escassez de água na vida de Fabiano e sua família de retirantes nordestinos. Infelizmente, a história de Fabiano é a trágica realidade de milhares de brasileiros. Diante disso, é notório que a crise hídrica brasileira ocorre devido a muitos fatores, como por exemplo o uso abusivo da água por alguns setores da economia e a má distribuição de água. Além disso, ela causa impactos sociais, econômicos, energéticos e ambientais em nosso país.      Em primeiro plano, é importante destacar que os setores agropecuário e industrial são os principais responsáveis pelo problema da escassez de água. O uso predatório deste recurso se faz presente em ambos, e isso prejudica principalmente pelo fato de atrapalhar na distribuição de água igualitária em todas as regiões do país. Dessa forma, a regulação desse recurso deve ser feita nesses setores de modo a evitar o desperdício.      Ademais, a escassez de água causa diversos impactos na vida da sociedade. Esses impactos podem ser sociais quando alteram a vida de milhares de pessoas ao promoverem migrações por esse fator. Também podem ser econômicos, pois a falta de água prejudica o agronegócio brasileiro, pondo em risco a subsistência de milhares de pessoas Brasil afora. Além disso, causam problemas energéticos, visto que grande parte da matriz energética brasileira provém das hidrelétricas. E por último, causam problemas ambientais visto que a seca em rios afeta a sobrevivência de milhares de espécies direta ou indiretamente através da cadeia alimentar, podendo causar a extinção de várias espécies.       Em síntese, salienta-se que a escassez de água é um problema social que deve ser solucionado imediatamente. Para isso, cabe ao Poder Legislativo a implantação de novas leis que regulem a demanda de água nos setores econômicos que mais a utilizam de modo a evitar o desperdício. Além disso, faz-se necessário, através das empresas privadas de abastecimento melhorar a distribuição em todas as regiões brasileiras a fim de assegurar a isonomia no acesso à água e evitar injustiças.. Por fim, cabe ao Ministério da Educação promover debates, palestras e workshops nas escolas e universidades públicas como forma de promover uma conscientização de jovens e crianças acerca da importância da economia de água. Dessa forma, será possível garantir uma melhor qualidade de vida para milhares de famílias que, como a de Fabiano, enfrentam dificuldades devido a escassez desse tão precioso recurso.