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Enviada em: 01/10/2018

A água, em seu ciclo natural, renova-se e mantém-se constante desde os primórdios do planeta Terra. Contudo, sua distribuição não é homogênea e apenas uma pequena parte é própria ao consumo humano. Nesse sentido, sua escassez é realidade para muitos, o que causa danos à saúde dos indivíduos e resulta, principalmente, da negligência do governo e de aspectos geográficos locacionais.         No que concerne à problemática, a negligência do poder público contribui com a manutenção da limitação hídrica em certos locais. Isso ocorre pois, para uma distribuição satisfatória de água em um município, é necessário a construção e revisão de obras públicas para esse fim, como as de saneamento básico, que, muitas vezes, são ignorados pelos governantes, visto que uma parcela enorme da população não tem acesso a isso. Consequentemente, os indivíduos de locais precários são obrigados a utilizar água imprópria, como oriundas de rios e lagos, o que os expõem ao risco de doenças como a esquistossomose e a lombriga.         Ademais, locais como o nordeste brasileiro, caracterizado pelo clima semiárido, onde predomina estações de seca, possuem problemas hídricos intensificados por esses aspectos naturais. Isso porque, nessa região, ao longo do ano, a ocorrência de chuvas é mínima, logo a população convive, na maior parte do tempo, com clima quente e seco. Por isso, observa-se, nessas áreas, indivíduos que, para obterem água, precisam percorrer longas distâncias com utensílios que permitam a armazenagem desse recurso. Como consequência, parte dessa população tem sua saúde afetada pelo consumo de água imprópria ou até mesmo pela desidratação, decorrente do clima e da falta desse líquido.         Evidencia-se, portanto, o desinteresse do governo e aspectos climáticos como impulsionadores do problema hídrico. Nesse sentido, o Governo Federal deve, em parceria com os Estados, promover, com uso de verbas públicas repassadas aos gestores, a criação de projetos de obras públicas que visem garantir a distribuição satisfatória de água e compensar aspectos climáticos que dificultem tal finalidade, no intuito de levar a todos água própria para o consumo. Além disso, empresas de distribuição hídrica devem incentivar o consumo consciente por meio de redução do valor do litro desse recurso para aqueles que utilizá-lo de forma econômica. Sendo assim, é possível garantir o acesso homogêneo a esse recurso indispensável à vida.