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Enviada em: 08/10/2018

Na obra literária "Vidas Secas", de Graciliano Ramos, retrata a escassez de água no sertão brasileiro e seus impactos na vida social e econômica do estado. Fora dos contos, no século XXI, o Brasil relata diversos impactos causados pela falta do líquido sejam esses em razão da inoperância estatal ou do grande desperdiço por parte da população sobre o bem de consumo mais importante para a sobrevivência do ser humano. Logo, urge a necessidade de analisar as possíveis fontes que perpetuam o atual impasse.      Em primeiro plano, é valido salientar que é dever da maquina administrativa garantir um meio ambiente ecologicamente equilibrado segundo a Constituição Federal vigente. Entretanto, é evidente que o Estado se omite quando o tema em questão é a garantia dos direitos constitucionais, sendo isso responsável pelos impactos que a escassez de água vem promovendo no atualmente, pois sem projetos capazes de reverter a problemática novos problemas surgem, como uma economia fragilizada, em razão da falta de água para o setores primário e secundário do país.         Em segundo plano, tem-se uma sociedade que desperdiça mais de 1/3 da água potável presente no país segundo o Instituto Trata Brasil. Essa realidade caótica é uma das causadoras da atual crise hídrica brasileira. De acordo com a perspectiva "funcionalista" de Émile Durkheim, o ser humano vem se preocupando apenas com seus desejos individuais e não com as necessidades dos outros membros sociais. Assim, observa-se que essa visão dialoga com as atuais perspectivas das pessoas físicas e jurídicas que não pensam no futuro da nação, tornando assim um país dependente de seus próprios erros.      Em razão disso, convém ao Congresso Nacional aumentar o percentual de investimentos no saneamento básico, mediante uma alteração na Lei de Diretrizes Orçamentárias, com o intuito de possibilitar um avanço com relação aos cuidados e tratamentos com a água do país, o qual não coaduna com os preceitos da própria Constituição Federal. Ademais, cabe ao Ministério da Educação, por meio de palestras públicas ministradas por especialistas na área (como mestres e doutores em Saúde Pública ou em Direito) expandir o acesso à informação e orientar a sociedade, para que não haja dúvidas com relação aos seus deveres no que concerne aos impactos causados pela escassez, assim pouco a pouco evitando uma situação retrograda como ao que ocorreu em Vidas Secas.