Materiais:
Enviada em: 01/10/2018

Desde o surgimento dos povos Mesopotâmicos entre os rios Tigre e Eufrates que a Humanidade entende que a água é o vetor de crescimento essencial de uma civilização. Infelizmente, muitos Governos ao redor do mundo parecem estar de braços cruzados em administrar esse bem tão precioso, seja por interesses políticos ou pela falta de gestão e que impactam diretamente a vida de centenas de famílias ao redor do mundo.   Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) , a água é um direito a todo ser humano, visto que essa é essencial à sua sobrevivência. No entanto, mesmo países com grande abundância de recursos hídricos, possuem grandes problemas de escassez de água em algumas regiões, isso se dá pelo fato da má gestão e do adiamento de políticas de infraestrutura nessas regiões. Um exemplo disso é a obra de transposição do Rio São Francisco para regiões do Sertão nordestino a qual perdura durante muitos anos e ainda está longe de ser concluída.  Além disso, o uso indiscriminado da água como artifício político acentua cada vez mais a falta de água em todo o mundo, uma vez que os detentores de áreas alagadas concedem o uso da água em troca de favores, como o trabalho semelhante ao escravo ou o voto em países que se dizem democráticos, e com isso, se perpetuam no poder sem promover políticas que solucionem de fato tal impasse. Com isso, julga-se necessário uma união de todos os países na medida de tornar a água, na prática, um direito a todo ser humano, como previsto na OMS. Para isto, é necessário que a própria OMS, juntamente com todos os países, sejam orientados a destinar um percentual do Produto Interno Bruto para obras de infraestrutura relacionados ao abastecimento de todos os cidadãos e que sejam fiscalizados por organizações não governamentais, na medida de que evitem a corrupção e o tráfico de influência dos detentores de áreas alagadas por favorecimentos. Talvez assim igualaremos não somente o direito a água, mas também às identidades de uma civilização.