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Enviada em: 02/10/2018

No dia 22 de março é comemorado o Dia Mundial da Água, criado para que esse recurso finito do planeta, porém tão importante para a vida, obtivesse atenção e espaço para discussão. Entretanto, tal atitude não surte um efeito muito intenso, uma vez que segundo a Organização das Nações Unidas, cerca de 60% dos países vivem com insuficiência ou no limite de água disponível. Visto isso, é constatado que a escassez hídrica é um problema a ser combatido pelos seres humanos, uma vez que os impactos de tal questão são muito grandes sobre todos os seres vivos.      Em primeira instância, o consumo excessivo de água feito por atividades como a industrial e principalmente a agropecuária, são responsáveis pela maior parte dos gastos de água no planeta. Sabe-se que 70% de toda a utilização hídrica feita pelos seres humanos está presente na agropecuária, entretanto, 60% desse volume é desperdiçado, segundo dados da FAO, Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura. Além disso, substâncias poluentes como ácido sulfúrico, amônia e compostos nitrogenados são lançados por essas empresas em rios, lagos e mares, deixando a água e todo aquele habitat inutilizáveis.     Ademais, diversas regiões ao redor do mundo sofrem por não terem acesso a água, como muito bem colocado por Luiz Gonzaga em sua célebre canção Asa Branca, “Por falta d’água perdi meu gado/Morreu de sede meu alazão” ao retratar a situação de calamidade da população do Sertão brasileiro. É certo que esse líquido é responsável por grande parte da movimentação da vida, como raciocinou Tales de Mileto ainda no período pré-socrático. Porém, populações como as viventes na África Subsaariana são privadas desses direitos humanos, tais como higiene pessoal, manutenção da alimentação e da saúde em geral, por não chegarem a ter nem a média ideal de 50 litros diários, segundo a Organização Mundial da Saúde.    É preciso, em suma, que medidas sejam tomadas para modificar a situação terrível da escassez de água. Com esse intuito, a FAO deve propor aos países em que ela intervém, movimentos de apoio ao estilo de vida vegano, para que a partir desse, os índices de água utilizados nas indústrias e na agropecuária, assim como os produtos químicos utilizados nas lavouras e no processo de engordas os animais, sejam reduzidos. Tal ação deve ser feita por meio de trabalhos publicitários, debates e palestras ao redor do mundo. Em paralelo a essa medida, eles devem juntamente aos governos dos países desenvolvidos, arrecadar doações de água potável para as regiões necessitadas, por meio de campanhas online e de conferências ao redor do planeta, para que assim a atual crise possa ser controlada nas regiões necessitadas.