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Enviada em: 18/10/2018

"A água de boa qualidade é como a saúde ou a liberdade: só tem valor quando acaba", a máxima de Guimarães Rosa descreve perfeitamente a atual falta de água que assola o planeta. Esse problema vem sendo agravado ao longo dos anos, prejudicando o cotidiano de diversos cidadãos. Muito dessa intensificação se dá devido à utilização desenfreada dos recursos hídricos, feita sem planejamento. Isso mostra que, contrastando com a inteligência humana, há a existência dessa problemática.  É impressionante observar que a escassez hídrica aniquila a qualidade de vida dos indivíduos. Dessa forma, a ausência de saneamento básico se torna habitual para muitos, acarretando inúmeros problemas de saúde - como a dengue - e a perca de higiene.Além disso, ainda há a diminuição da produção de alimentos, já que segundo dados do IEA (Instituto de Economia Agrícola), 69% de toda a água doce usada no mundo é empregada para fins agrícolas.Esses fatores evidenciam que esse quadro atinge a sociedade como um todo, maleficiando todos os indivíduos presentes nesta.  Essa situação se deve, principalmente, ao consumo descontrolado dos recursos hídricos mundiais.Este, somado a falta de infraestrutura para captação de água, gerou condições degradantes de vida tanto para sociedade em si como para os membros desta.Ademais, existe também as diferenças na distribuição dela, expondo o quadro de desigualdade regional, muito bem retratado no livro Vidas Secas de Graciliano Ramos, obra que descreve a seca no Nordeste. Mostra-se, assim, que esse exacerbado gasto desse líquido custará inúmeros danos ao planeta e aos habitantes desse.  Tal realidade, em outros tempos, era bem diferente, porém, sempre houve a busca incessante pelos recursos hídricos.Na Antiguidade existiam Civilizações de Regadio -como o Egito e a Mesopotâmia- que se fixavam próximas aos rios, travando conflitos por posse de água. Hoje, muitos não a possuem, já que segundo dados da ONU, mais da metade da população mundial não tem acesso a ela.No futuro, se medidas corretivas não forem tomadas, a tendência é a de que esse quadro se agrave ainda mais.  Diante do exposto, portanto, é necessária uma intervenção estatal por meio de melhores investimentos em pesquisas; incentivando a prática de dessalinização, das concessões aos proprietários agrícolas que reduzirem o uso de água; empregando uma tecnologia de irrigação mais eficiente, e além disso, da renovação da infraestrutura de distribuição e tratamento; construindo canais e represas. A sociedade, juntamente, à mídia devem promover campanhas que fomentem informar a população acerca da urgência da conservação dos recursos hídricos; através de panfletos, outdoors, palestras e programas midiáticos.Cabe, ainda, ao cidadão ter consciência da importância desse líquido para a humanidade, o respeitando.Com isso, será possível a diminuição progressiva do quadro de escassez dessa fonte.