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Enviada em: 08/10/2018

No Brasil contemporâneo, a falência dos recursos hídricos ainda é analisada como uma significativa problemática. Isso se deve, sobretudo, ao constante desperdício humano-industrial e às ineficientes ações preventivas frente a essa crise que já ultrapassa décadas. Desse modo, a sociedade vive esse caos que, infelizmente, se agrava e, precisa promover ações afirmativas urgentes a fim de conter esse conflituoso cenário.   Cabe pontuar, de início, que o acesso à água limpa é um direito humano, no entanto o que pode-se observar na conjuntura atual é uma disparidade social quanto ao acesso a esse recurso natural. Desse modo, na obra literária "Vidas Secas", de Graciliano Ramos, é perceptível o contínuo anseio pela sobrevivência humana, a fim de obter um direito universal inquestionável: a água. Por esse viés literário, nota-se que a problemática da água não é uma reivindicação recente, mas que já ultrapassa décadas, e como é de senso comum, com o passar do tempo a demanda por esse recurso aumenta, bem como o seu consumo, têm-se, por exemplo, a Região Nordeste que já convive, há anos, com a ausência de abastecimento total desse fluido, somado ainda a seca e dificuldades climáticas.  Por outro lado, um contribuinte ao emprego irresponsável da água é o chamado “consumo virtual”. Isto é, a quantidade líquida utilizada para a fabricação de produtos, como, automóveis ou a própria calça jeans, os quais utilizam quantidades exorbitantes de água. Além disso no Brasil, segundo a ONU, a produção animal é líder em gasto de água. Nesse sentido, intuímos que o desperdício desse composto inorgânico não provém unicamente dos descuidos dos cidadãos, visto que as indústrias favorecem sua carência, ao visar a promoção de lucros comerciais do sistema de produção capitalista.   É necessário, portanto, que a mídia alerte e busque orientar o público sobre o uso consciente da água. Outrossim, as industrias devem fazer reuso da água ou quiça tratar as águas de esgoto para reutilizarem de forma sustentável e, assim, conter os gastos do consumo virtual. Ademais, o poder público deve investir em pesquisas que busquem driblar os fatores climáticos, sobretudo na região Nordeste do país.