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Enviada em: 05/10/2018

Na ficção, Batman, conhecido como Cavaleiro das Trevas por sua atuação noturna, assegura os habitantes de Gotham contra os perigos. Na vida real, entretanto, a ameaça se esconde até à luz do dia e os vilões são os próprios cidadãos, porém, sem super-heróis para resolver o impasse: a escassez de água é um dos maiores problemas na contemporaneidade. Cabe, desse modo, uma reanálise conjuntural.      É válido, em primeira instância, ressaltar a disposição de água potável como um dos principais Direitos Humanos. Essa questão, nesse sentido, está diretamente ligada ao fornecimento de condições básicas e dignas de vida, como o saneamento, que implica em esferas como a qualidade de vida e o bem-estar social. Sendo assim, é coerente explicitar a relação diretamente proporcional entre o acesso a esses recursos vitais e o desenvolvimento social — à medida que um cresce, por conseguinte o outro também sofre ascensão —. Exemplo disso que é possível associar os menores IDHs (Índices de Desenvolvimento Humano) às áreas que menos têm disponibilidade de água limpa, como países africanos subdesenvolvidos.      Além disso, é imprescindível destacar a cultura da abundância como principal motivo de alerta às economias mais desenvolvidas. Em contraste aos países periféricos, os mais ricos consomem exageradamente os recursos hídricos, de modo que exista e seja acentuada ao longo do tempo a preocupação com a preservação desse recurso natural. Prova disso é que, segundo dados da ONU (Organização das Nações Unidas), países desenvolvidos consomem cerca de 30 vezes mais que os pobres.     É notória, portanto, a necessidade da ampliação de influência mundial, pela ONU, a fim de concientizar a população por meio da estipulação de metas palpáveis para os países, para o controle do consumo mundial de água. Ademais, é importante que a OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) agregue países em vulnerabilidade socioeconômica aos seus planos de apoio econômico, a fim de que, por meio da expansão das economias nacionais, as questões sociais sejam atendidas, com investimentos realizados por países-membros que se responsabilizam pela maior parte do uso hídrico mundial. Dessa forma, será possível atingir um equilíbrio, sem a necessidade de um super-herói para instaurá-lo.