Materiais:
Enviada em: 07/10/2018

O Brasil abriga um quinto dos recursos hídricos do mundo. Apesar da aparente abundância, o país sofre com os impactos da escassez hídrica em diversas regiões. Esse quadro é fruto da urbanização descontrolada atrelada à problemática gestão dos recursos.     É indubitável que o acelerado e caótico processo de urbanização das cidades brasileiras esteja entre as causas do problema. Nesse viés, pesquisas feitas pelo IBGE mostram que a população urbana aumentou em mais de 200% nos últimos 40 anos, o que ilustra o rápido crescimento demográfico das cidades. Diante disso, as inúmeras buscas por moradias perto dos centros urbanos resultaram no desflorestamento e construções irregulares à beira de mananciais. Dessa forma, a redução dos volume hídrico e a poluição das águas tornaram-se realidade.     Ademais, as falhas na gestão dos recursos agravaram a crise hídrica. Para ilustrar tal fato, vale ressaltar como exemplo a cidade de São Paulo que, em 2014, sofreu os impactos do colapso hídrico devido ao mau gerenciamento nesse âmbito. Segundo estudos feitos pela Universidade de São Paulo, caso a manutenção das tubulações e dos reservatórios de água tivessem ocorrido, a decadência dos recursos hídricos teria sido evitada. Logo, uma gestão eficiente da água é indispensável.    Entende-se, portanto, que os impactos da escassez de água são consequências da má administração dos recursos hídricos, além da urbanização descontrolada. A fim de atenuar a problemática, é necessário que a população, em parceria com o Governo, reflorestem as áreas próximas às nascentes dos rios, sendo a primeira, responsável pela recuperação da cobertura vegetal, enquanto a segunda, concessões de incentivos econômicos. Desse modo, a capacidade dos reservatórios naturais e dos rios será, aos poucos, recuperada. Além disso, é importante a criação de uma agência reguladora para fiscalizar a gestão das empresas responsáveis pelo fornecimento de água. Assim, irregularidades serão melhores corrigidas.