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Enviada em: 06/10/2018

Na obra literária “Vidas Secas”, de Graciliano Ramos, é perceptível o contínuo anseio pela sobrevivência humana, a fim de obter um direito universal inquestionável: a água. A escassez desse bem hídrico tornou-se um problema atemporal e aflige a sociedade contemporânea à medida que sua demanda e consumo aumentam. Assim, torna-se imprescindível alterar esse uso desregulado e combater a desigualdade na obtenção de tal recurso, associado a má distribuição.  Primeiramente, um contribuinte ao emprego irresponsável da água é o chamado “consumo virtual”. Isto é, a quantidade líquida utilizada para a fabricação de produtos, como, automóveis ou a própria calça jeans, que necessita de 11.000 litros para atingir a tonalidade ideal. Neste sentido, intuímos que o desperdício desse composto inorgânico não provém unicamente dos descuidos dos cidadãos, visto que as indústrias favorecem sua carência, ao visar a promoção de lucros comerciais do sistema de produção capitalista. Além disso, o Brasil enfrentou uma crise hídrica, principalmente, o estado de São Paulo, que sofre com o esgotamento do reservatório da Canteira. Tal fato, somado à ausência de chuvas e à demanda de suprir as necessidades da população, fomentou um processo de conscientização e controle da distribuição da água em determinados dias da semana.  Em conseguinte, apesar do Brasil ser um país rico em água doce, a desigualdade é um desafio a ser enfrentado, já que está relacionado a má distribuição. Visto que, cerca de 75% da água do Brasil está localizada nos rios da Bacia Amazônica, o Brasil tem uma grande reserva de água doce, mas a distribuição é bastante desigual. Em algumas regiões, há um potencial hídrico muito grande, enquanto em outras regiões se tem a falta. Em consequência disso, o país já sofreu com a escassez de água- historicamente durante as secas que assolam o nordeste, e mais recentemente no episódio de racionamento na cidade de São Paulo – entre outros exemplos. Ademais, apenas 8% dessa água vai para fins domésticos, sendo sua maior parte utilizada pela agricultura- segundo relatório da Agência Nacional de Águas em 2015.   São notáveis, portanto, as causas da escassez desse solvente universal. Logo, não se deve descartar a conscientização do uso da água, por meio de visitas periódicas às residências. Sendo custeado pelo governo, afim que de se observe vazamentos e desperdícios. Mais: no caso de indústria, empresários devem adotar modelos de reaproveitamento de água, como: utilizar a água da fabricação de algum produto para limpar maquinas e ambiente em sim; reduzindo assim, a conta de água também. Quanto a distribuição da água, o governo deve transportar parte da água do aquíferos do Norte para o Nordeste, visto que o índice de demanda é menor.