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Enviada em: 08/10/2018

As civilizações hidráulicas, como a Mesopotâmia e o Antigo Egito, receberam essa denominação, pois se fixaram nas margens de grandes rios com o intuito de utilizar o fluxo de água no abastecimento populacional e na irrigação agrícola. Com o passar dos séculos, a importância hídrica só aumentou. No período atual, quase toda atividade econômica necessita do uso de água no seu processo produtivo. Inevitavelmente, dada essa intensa demanda, à sua oferta tem se mostrado escassa e o impacto causado deve ser avaliado pela sociedade.       O modelo de desenvolvimento econômico atual tem se mostrado bastante dependente e agressivo em relação à exploração de água. Ao citar como exemplos dessa dependência, tem-se a geração de energia baseada nas hidrelétricas que causa o represamento das águas dos rios e a instalação de muitas empresas próximas a eles que fazem desvios em seus cursos naturais com o objetivo de abastecer sua cadeia produtiva. Consequentemente, acabam por prejudicar a sua qualidade, pois, essas mesmas empresas não fazem uma utilização da água de modo sustentável e muitas vezes a devolvem às suas origens na forma de rejeitos e esgoto não tratado. Indubitavelmente, com sua poluição, a água teria sua oferta diminuída e não poderia mais ser utilizada, por exemplo, pela população que ali reside.       A população em geral também tem sua parcela de participação nessa atual escassez de água. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), entre 50 e 100 litros de água por dia são o bastante para atender as necessidades mais básicas e atenuar problemas de saúde de um indivíduo. Porém, em algumas nações, o que se observa é um consumo diário que ultrapassa os 200 litros. Algumas atividades domésticas, como lavar o carro, muitas vezes, jogam fora, literalmente, litros de água em excesso que poderiam ser economizados. Nesse contexto, a ausência de uma maior informação sobre a real situação da disponibilidade de água no mundo tende a gerar essa situação de desperdício.       Diante da situação anteriormente descrita, medidas devem ser tomadas para uma utilização sustentável da água. A ONU, no seu papel de agente supranacional, deve criar um comitê mundial de proteção da água, onde iria reunir as nações com os maiores índices de consumo hídrico e estabelecer limites de segurança, principalmente para as grandes empresas, no que diz respeito a exploração da água. Atrelado à isso, os governos nacionais devem conscientizar sua população da limitação do recurso em questão. Essa conscientização deve começar desde cedo através da escola com a implantação da disciplina de educação ambiental no ensino básico.