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Enviada em: 06/10/2018

"Enquanto o poço não seca, não sabemos dar valor a água." A frase, do religioso e historiador britânico Thomas Fuller, exprime a ideia de que o real valor das coisas só é dado quando ela é perdida. Analisando esse conceito atrelado a contemporaneidade, nota-se que referente aos impactos da escassez de água é perceptível que são advindos da má utilização dos recursos presentes, a má distribuição nas regiões do território brasileiro e fatores geográficos como o solo e a presença de vegetação.  Sob esse viés, pode-se analisar que a má utilização do recurso hídrico provem da agricultura que consome cerca de 70% da água disponibilizada sendo perdido 50% durante a irrigação com o fenômeno da evaporação, grande parte dessa água destinada na irrigação é atribuída a produção agrícola e pecuária. Ademais, a água é a base do agronegócio que corresponde há uma grande parcela do PIB e afeta diariamente a economia do Brasil. A má utilização do recurso no corpo social é vista na torneira mal fechada, o banho demasiadamente demorado, a lavagem de calçadas, escovar os dentes com a torneira aberta, costumes que agravam diariamente a escassez de água.  O resultado desse processo é uma parcela da sociedade que possui acesso à água potável de forma bastante expressiva e outras como a região do Nordeste que vivem uma seca secular como a de 1915 marcada por desigualdades e o solo semiárido com rios temporários e a estiagem. A região nordeste sofreu com uma seca de exatos cinco anos que terminou no ano de 2017 com muitos impactos relacionados à morte de animais, perda de safra e pessoas fenômenos como a El Ninã não foram o suficiente para amenizar o caos que se encontrava a região.  Dessa forma, a escassez de água e seus fatores não é algo desse século ela está presente há muito tempo já retratada por escritores como Rachel de Queiroz em "O Quinze" e João Guimarães Rosa em "A Bagaceira". Portanto, devem ser feitas campanhas e palestras sobre o consumo consciente de água em escolas e universidades, realizada por professores de geografia e biologia com o intuito de alertar a população sobre a possibilidade de escassez e os impactos vindo com ela. E, por fim, devem ser realizadas fiscalizações em indústrias e latifúndios destinados a agricultura e pecuária com o objetivo de avaliar a quantidade de água que está sendo utilizado, método de utilização e destinação realizadas pelo Ministério do Meio Ambiente.