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Enviada em: 08/10/2018

O Brasil destaca-se pela produtividade energética advinda de sistemas hidroelétricos construídos em locais com grande potencial hídrico. Sobretudo, tais recursos incorporam todos os setores sociais, uma vez que garantem o abastecimento da indústria e satisfazem a necessidade básica da população, que por sua vez, exageram no consumo. Com base nisso, é preciso analisar os danos causados pela utilização em massa dos privilégios provenientes das hidrelétricas e seus impactos socioambientais.             Em um primeiro plano, é válido expor que atual cenário comercial brasileiro está condicionado a lógica capitalista de busca por lucro e expansão econômica. Esse comportamento aumenta o consumo hídrico e elétrico que, dinamizado com a produção em massa, gera maior rendimento a favor da demanda. Desse modo, a uma maior necessidade de represar rios para fins energéticos ocasionando desequilíbrios ambientais, como por exemplo, no ciclo das chuvas e no acúmulo de gás metano na atmosfera liberada na decomposição anaeróbica de folhas submersas.             Contudo, um dos piores efeitos dessa lógica progressista, está na formação de longas estiagens que castigam os principais reservatórios de água do país, como é o caso do Sistema Cantareira, que ficou com cerca de 5% de seu volume hídrico. Apesar disso, o posicionamento passivo dos governantes na construção de medidas concretas nas áreas de investimentos voltados à criação de novas fontes de energia e na ampliação de matérias extraescolares sobre sustentabilidade, acaba proporcionando sucessivos déficits energéticos, conforme aconteceu na região metropolitana de São Paulo.          Nesse sentido, torna-se evidente, portanto, a importância de evitar de inundações em áreas florestais para promover a instalação de hidrelétricas, que são o suprassumo do abastecimento industrial e doméstico. Diante disso, para elucidar problematização, é necessário criar novas diretrizes energéticas capazes de romper a dependência pela hidroeletricidade. Ademais, introduzir nas escolas disciplinas que induzam a construção de pensamento consciente direcionado a responsabilidade sustentável.