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Enviada em: 08/10/2018

A água é o fator fundamental ao desenvolvimento e sobrevivência dos seres humanos. Isso pode ser observado no surgimento das grandes civilizações entorno dos rios Nilo e Eufrates, no qual utilizaram o fluído para a irrigação, tornando a terra próspera. Todavia, a escassez hídrica no Brasil tem dificultado até mesmo as atividades básicas do cotidiano. Desse modo, deve-se analisar como o desperdício e o alto consumo nos processos produtivos influenciam na problemática em questão.       Em primeira instância, o uso desregulado é um dos fatores que mais contribuem para a escassez hídrica. Segundo dados da Organização das Nações Unidas, 2,7 bilhões de pessoas sofrerão com a falta do recurso em 2025. Tal estimativa pode ser fundamentada no aumento populacional associado a grande consumo doméstico na  lavagem de carros e calçadas e em descargas pouco econômicas, que gera um consumo médio de 200 litros diários por pessoa. Além disso, o Instituto Trata Brasil informa que  cerca de 45% da água tratada é perdida em vazamentos e ligações clandestinas. Desse modo, milhares de litros são desperdiçados diariamente, ao mesmo tempo em que mutos brasileiros sofrem com a falta e desigual distribuição.       Ademais, o intenso uso na produção de mercadorias  colabora para intensificar a escassez hídrica. Isso ocorre, segundo Tony Allan, devido ao alto consumo virtual da água, isto é, o uso desse elemento em todo o processo de fabricação dos produtos. Nessa classificação podemos citar a irrigação e produção de carne bovina, as quais demandam cerca de 70% da água potável. Para mais, a indústria também é responsável pelo alto consumo, como por exemplo o uso de 11 mil litros de água na fabricação de uma calça jeans, e é responsável também pela contaminação do fluído, que dificultam sua reutilização. Tais fatores contribuem para o esgotamento do recurso potável, favorecendo a seca de rios e alterações no clima, como a estiagem.       Tendo em vista os argumentos apresentados, faz-se necessário mudanças no uso do recurso hídrico. Para tal, o Governo  e as escolas devem investir nas conscientização da população, das crianças e adolescentes, por meio de propagandas, folhetos e veiculação na internet, palestras e inclusão do tema nas grades curriculares, com tais mudanças o consumo será consciente e de menor demanda. Por outro lado, o legislativo deve sancionar leis que apliquem multas as empresas de tratamento de água que não realizarem manutenções na rede, bem como deve conceber em lei menores impostos às indústrias e produtores agropecuários que reutilizarem água de uso doméstico. Essa mudança se daria em parceria com empresas de tratamento hídrico,  no qual as águas seriam limpas e direcionadas aos campos produtivos, favorecendo assim a preservação da natureza.