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Enviada em: 09/10/2018

Para Tales de Mileto, filósofo pré-socrático, o princípio de todas as coisas era a água, ou seja, ela seria constante e constitutiva. No entanto, na atualidade, esse recurso está escasso, principalmente no Brasil, onde outrora era abundante. Nesse sentido, essa escassez é causada, sobretudo, pela ausência de tratamento e distribuição igualitária da água, bem como a falta de práticas conservacionistas, é o que continua a gerar as constantes crises hídricas no território Nacional.  Convém ressaltar, a princípio, na época da expansão marítima, os portugueses observaram grande potencial no Brasil, devido a abundância de recursos hídricos, além da vegetação e um clima tropical propício para o desenvolvimento da agricultura. De fato, o território Nacional possui grande potencial para gerar energia através de usinas e capacidade para abastecer a demanda populacional. Entretanto, no limiar do século XXI, essa distribuição não é feita de forma igualitária, devido a inúmeros fatores como a transposição dos rios para irrigar plantações, destinação incorreta de resíduos sólidos e sem mencionar os efluentes domésticos. Esse último, corrobora significativamente para a contaminação dos rios e mares. Desse modo, essa má distribuição acrescido da ausência de tratamento do esgoto, tem acabado com o estigma de abundância de água doce no Brasil, sendo relegada posteriormente, segundo o diretor do Fórum Mundial da Água Helder Barbalho, aos livros de história.    Nesse contexto, as práticas conservacionistas são ínfimas no país, visto que cerca de 36% da água potável é desperdiçada, segundo o departamento de recursos hídricos do Ministério do Meio Ambiente. Esse desperdício, está atrelado principalmente pelas perdas do próprio mecanismo de disponibilização da água para o abastecimento público, como o uso de encanamentos velhos por exemplo, fazendo com que as perdas aconteçam antes mesmo de chegar nas casas dos cidadãos. Desse modo, medidas de conservação são necessárias para garantir principalmente a sobrevivência das futuras gerações.     Portanto, percebe-se para minimizar as escassez de água no Brasil, o Governo Federal através de um planejamento estratégico como o Plano Nacional de Recursos hídricos, trazendo diretrizes e prioridades para disponibilizar subsídios para a troca de encanamentos de esgoto, além de oferecer planos de saneamento básico como o tratamento do esgoto. Ainda convém lembar, que cabe ao Estado fazer a distribuição da água de maneira que atenda a necessidade de cada região. Pois, dessa maneira, Tales não estaria equivocado quando mencionou que esse princípio básico como originário de todas as coisas.