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Enviada em: 10/10/2018

Segundo o Existencialismo, doutrina filosófica surgida na França, no século XX, a liberdade de escolha é refletida nas condições de existência do ser. Portanto, cabe ao homem ser responsável por suas atitudes. Porém, no Brasil, em pleno século XXI, isso não passa de uma teoria, visto que os impactos da escassez de água estão em evidência – o explicita a ausência de Políticas Públicas para a manutenção do bem-estar social.      É inquestionável que as autoridades governamentais brasileiras já adotam ações para a efetivação de uma sociedade digna. Pode-se mencionar, por exemplo, O Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos-SINGREH-, cujo objetivo é fazer a gestão dos usos da água de forma democrática e participativa. Isso, de certa forma, demonstra que o Estado já intenta contemplar as ideologias do Existencialismo.      Contudo, tal ação não é capaz de atenuar, verdadeiramente, os altos índices de escassez de água, pois, devido à falta de informação sobre recursos hídricos- que além de aumentar o consumo, pode comprometer a economia-, o que se observa na maioria das camadas sociais da nação, são níveis alarmantes de desperdício de água e a dificuldade na geração de energia, motivados, principalmente, pela ausência de informes e pela persistência em um único modelo energético. Percebe-se, pois, as consequências da fragilidade da educação oferecida à maior parte da sociedade, que não prepara os indivíduos para exercerem, de fato, sua cidadania. A verdade é que, os impactos da escassez de água não serão atenuados, enquanto o Estado não pautar a educação nos princípios existencialistas, afinal: “O homem é condenado a ser livre, porque depois de atirado neste mundo torna-se responsável por tudo que faz”, diz o filósofo francês existencialista Jean-Paul Sartre.      Depreende-se, pois, que há necessidade de investimentos no Ensino Básico – o que já é assegurado pela Lei de Diretrizes e Bases, n°9.394/96. Para tanto, é plausível que o Estado, através do Ministério da Educação, não só contemple os componentes curriculares de Formação Cidadã e Educação Ambiental, além de projetos interdisciplinares– realizados em escolas e comunidades – que contextualizem temas sobre o consumo de água e suas transcendências, mas também – em parceria com a Escola - desenvolva palestras e campanhas publicitárias que contemplem o cenário de desperdício de água, com a finalidade de atenuar os impactos da escassez de água no Brasil. Se assim for feito, a maior parcela da nação desfrutará dos princípios existencialistas defendidos por Sartre.