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Enviada em: 11/10/2018
Heráclito, filósofo pré-socrático, ficou conhecido por sua teoria da mobilidade dos seres e coisas: "tudo flui". Entretanto, na sociedade brasileira hodierna, o pensador veria sua linha de pensamento ser ferida: a problemática da escassez de água é uma marca evidente do século XXI. Com isso, têm-se os efeitos desse impacto, seja na qualidade de vida populacional, seja por acarretar o não cumprimento das leis. Em primeira análise, é válido ressaltar que a questão de um modo de vida dotado de qualidade é amplamente afetada pelo impasse da falta de água. Segundo as pesquisas da área biomédica, a água tem um importante papel na manutenção das funções biológicas básicas, como a regulação da temperatura corporal. Dessarte, a escassez de água potável, ocasionada muitas vezes pela contaminação de fontes de água doce, diminui a qualidade de vida da população e, consequentemente, gera quadros de desidratação e doenças oportunistas. Ademais, torna-se necessário salientar que o fator legislativo e sua aplicação estão diretamente ligados ao problema. De acordo com as diretrizes da Declaração dos Direitos Humanos, todo indivíduo tem direito à qualidade de vida, à moradia e ao saneamento básico. Sendo assim, percebe-se que, ao se tratar da diminuição da quantidade de água potável disponível, a legislação citada não é cumprida. Por conseguinte, os indivíduos perdem seus direitos básicos de vida. Infere-se, portanto, que medidas eficazes devem ser tomadas para o bom funcionamento da sociedade. Dessa forma, cabe ao Ministério da Saúde, em ação conjunta com as Universidades Federais, promover o avanço das pesquisas que visam despoluir as nascentes de água doce, rios e mares, por meio do emprego de conhecimentos das áreas da engenharia genética e bactérias transgênicas que descontaminam ambientes. Outrossim, cabe ao Poder Executivo garantir o acesso à moradia e vida de qualidade, por meio do cumprimento das leis. Assim, poder-se-á criar um cenário de mudanças do qual Heráclito se orgulharia.