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Enviada em: 17/10/2018

Ao observar-se as diferenças entre um cenário desértico e uma floresta tropical úmida, pode-se perceber a importância da água para o desenvolvimento da vida na terra. Nesse diapasão, a escassez de água provocada, principalmente, por ações antrópicas ligadas ao consumismo e à poluição dos recursos hídricos põem em risco a vida na terra.       Em primeiro lugar, o consumismo incentiva a produção de bens supérfluos, exercendo pressão sobre as reservas hídricas e provocando escassez para quem depende delas. Assim, a indústria cultural do consumo em massa já prevista por Habermas no início do século XX cria necessidades incessantes que levam ao aumento da produção e, por conseguinte, do gasto de água. Ao mesmo tempo, comunidades carentes sofrem com o desabastecimento provocado pelo uso intensivo do líquido nesses empreendimentos, levando a uma escassez que compromete a saúde e o desenvolvimento dessas localidades.       Além disso, pode-se falar em uma escassez de água potável, que pode ocorrer mesmo em locais banhados por grandes lagos ou rios. Nessas áreas, a água contamina o solo, a flora e a fauna, prejudicando a saúde das pessoas que aí vivem e as suas atividades econômicas, como a agricultura e a pesca. Objetivando combater justamente esse tipo de escassez, a ONU estabeleceu como um de seus dezessete objetivos para o desenvolvimento sustentável o fornecimento de água potável a todas as pessoas do mundo até o ano de 2030.       Pelo exposto, propõe-se a criação de leis, pelo Poderes Legislativos de todos os países, que obriguem as empresas a pôr na embalagem de seus produtos a quantidade de água que foi gasta em sua fabricação. Deve-se, também, alertar sobre a importância do consumo consciente e sobre as consequências deletérias da falta de água para o meio ambiente e para as pessoas, principalmente as mais carentes. Dessa forma, a sociedade em geral levará mais em conta o uso dos recursos hídricos durante as compras, combatendo sua escassez.