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Enviada em: 06/08/2019

Em 2015, a cidade de Mariana no estado de Minas Gerais sofreu um acidente, o rompimento da barragem de rejeitos de mineração. O acidente causou grande dano, não só ambiental, mas também socioeconômico na região. Após o incidente, todos os envolvidos se comprometeram a reunir esforços para que desastres como esse não se repetissem, contudo, em janeiro de 2019, outra barragem se rompeu no mesmo estado, na cidade de Brumadinho. Este último reincidiu, mesmo com o Estado brasileiro dispondo de rígidas leis ambientais. Portanto, torna-se claro que a flexibilização dessas normas terá como impactos negativos tanto para o meio ambiente, quanto para a saúde da população.    Primeiramente, a flexibilização das condutas ambientais impactará a biodiversidade brasileira como um todo, colocando espécies em risco de extinção. A floresta amazônica é a maior floresta tropical do mundo, contendo uma biodiversidade abundante, tanto na flora quanto na fauna.  No contexto contemporâneo, essa está sendo desmatada de maneira insustentavelmente ao meio ambiente, ou seja, o uso dos recursos naturais para a satisfação de necessidades presentes podem comprometer a as necessidades das gerações futuras. Provas disso são dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que revelam que em julho de 2019 foi desmatada uma área de 2.254,9 km², aumento de 304% em comparação ao mesmo mês do ano anterior. A flexibilização das leis ambientais terá um aumento direto nas taxas de desmatamento, à medida que reduzem áreas de conservação, afetando a teia alimentar do ecossistema como um todo, colocando em risco espécies da Amazônia.    No entanto, não só a biodiversidade está em risco, mas também a população como um todo. Tornar menos rígida as leis ambientais permitirá o uso de mais agrotóxicos na alimentação brasileira. O Brasil é o maior consumidor de agrotóxicos do planeta e permite o consumo de pelo menos 14 tipos de substâncias que já são proibidas na Europa, segundo estudos da Universidade Federal do Paraná. Agrotóxicos são comprovadamente nocivos à saúde tanto de quem consome, de quem manuseia, podendo causar desde intoxicação à desenvolvimento de cânceres. Brasil já liberou 169 agrotóxicos em 2019, e com a flexibilização poderá liberar ainda mais, comprometendo assim, a saúde dos brasileiros.    Torna-se clara que a flexibilização de leis ambientais prejudicará o meio ambiente além de lesionar a saúde população brasileira. Sendo assim, o Ministério do Meio Ambiente pode aumentar a fiscalização das áreas demarcadas sob preservação ambiental através do órgão IBAMA, com parcerias com organizações não governamentais, como Greenpeace, a fim de garantir que as leis já existentes sejam de fato aplicadas. Para cobrar essas medidas, poderia ser formada no congresso nacional, uma bancada ambientalista, que defenda o meio ambiente a fim de tornar eficaz a preservação da natureza.