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Enviada em: 06/08/2019

Segundo o artigo 225 da constituição brasileira, todos possuem direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, essencial à sadia qualidade de vida. No entanto, tal direito parece estar em risco, uma vez que parte considerável dos políticos inseridos na atual fase política do Brasil, expressam o constante desejo de alteração das leis ambientais, de modo que essas sejam flexibilizadas, assim, possibilitando maior facilidade nas explorações econômicas. Portanto, os impactos dessa mudança para a sociedade e o ecossistema brasileiro, devem ser analisados rigorosamente.    Ademais, a discussão acerca da sustentabilidade no Brasil não é uma pauta recente, nosso país foi responsável por sediar importantes conferências ambientais nos últimos anos, como a Rio +20 e a Eco 92. Toda via, o país parece se encontrar em planos diametralmente opostos aos estabelecidos nesses eventos. Logo, não é de se estranhar os frequentes "acidentes" ambientais, como o rompimento da barragem de rejeitos de minérios em Brumadinho, a constante invasão de terras indígenas por grandes proprietários e, consequentemente, da floresta amazônica, além da contribuição para o aquecimento global em decorrência da expansão sem limites da agropecuária.    Por conseguinte, é valido ressaltar que, conforme Immanuel Kant, o princípio da ética é agir de forma com que essa ação possa ser uma prática universal. De maneira análoga, a flexibilização das leis ambientais e ,então, a exploração desenfreada da natureza, vai de encontro à ética kantiana, dado que se todos cidadãos corroborassem com a danificação da natureza, a sociedade entraria em profundo desequilíbrio, acarretando na futura degradação socioeconômica da sociedade brasileira, uma vez que dependemos do meio ambiente. Com base nisso, a flexibilização das leis ambientais, torna-se contestável.    Portanto, é mister que o Estado tome providências para melhorar o quadro atual. Para que o meio ambiente mantenha seu equilíbrio, urge que o Ministério da Educação ( MEC ) promova, por meio de verbas públicas, o debate acerca dos prejuízos, os quais a degradação ambiental pode gerar em termos de diversidade ecológica e do ponto de vista socioeconômico, assim, formando jovens mais capazes de realizar um futuro voto consciente, no sentido de garantir a existência de uma bancada que luta pela defesa do meio ambiente. Além do mais, a população brasileira não deve ser negligente quanto a problemática enfrentada pelo país. Destarte, observar-se-ia a real garantia das palavras do artigo 225 da constituição brasileira.