Materiais:
Enviada em: 11/08/2019

Negligência institucional    No cenário musical, canções como "Planeta Água", de Guilherme Arantes, ganham destaque ao atuarem na conscientização acerca da preservação da natureza. No Brasil, palco recente de desastres socioambientais como os de Mariana e Brumadinho, o debate a respeito da legislação ambiental e sua flexibilização ocorre, pelo menos, desde 2012, com a formulação do Novo Código Florestal Brasileiro. Nesse contexto, cabe ressaltar os impactos que a flexibilização das leis geram, assim como o papel de empresas e do agronegócio nessa problemática        Em primeiro lugar, é necessário ressaltar como a flexibilização das leis ambientais favoreceriam a ocorrência de tragédias como as de Mariana e Brumadinho, onde o rompimento de barragens com dejetos de mineração ocasionaram a morte de diversas pessoas e a destruição do ecossistema local. Segundo a ONU, por mais que o Brasil possua legislação dentro dos padrões mundiais de sustentabilidade, ele falha em aplicá-las e fiscalizá-las. Com leis mais brandas, o supervisionamento seria ainda menor.       Outrossim, a busca desenfreada por lucros pelas empresas - sobretudo as do agronegócio - põe-se como obstáculo ao desenvolvimento sustentável. Parafraseando o grupo Greenpeace, quando a última árvore tiver caído e o último rio tiver secado, o homem vai entender que dinheiro não se come. Somente no início deste ano, aproximadamente 170 novos agrotóxicos foram liberados. Tal dado é alarmante e mostra como a saúde da população é negligenciada, dando espaço ao lucro dos produtores.       Dado os fatos, o Governo Federal deve tomar providências visando um estado de bem-estar social, e não unicamente o lucro econômico de um seleto grupo de empresários. Para isso, é preciso que o Ministério do Meio Ambiente invista na fiscalização das leis já existentes e que o Poder Legislativo, por meio de programas que ouçam profissionais como biólogos e ecologistas, reformule os projetos de leis que flexibilizam a atual legislação.