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Enviada em: 24/08/2019

De acordo com o intelectual e escritor romano Sêneca, toda a natureza é insuficiente para a ganância do homem. Esse pensamento se adequa à realidade do Brasil, tendo em vista a flexibilização de suas leis ambientais mesmo diante de impactos significativos para a manutenção de espécies da fauna, da flora e, inclusive, da própria espécie humana. É preciso, em contrapartida à essa situação, tornar as leis mais rigorosas e intensificar a fiscalização de seu cumprimento.        De início é necessário destacar a grande extração dos recursos naturais desde a colonização com caráter de exploração no Brasil e sua intensificação com a Revolução Industrial e o desenvolvimento do capitalismo. A visão lucrativa do homem aliada às brechas na legislação e na fiscalização gerou prejuízo à inúmeras espécies vegetais e animais, como é o caso da abelha (responsável pela polinização de diversas plantas), que já entrou para a lista de extinção nos Estados Unidos e corre o risco de ser extinta no Brasil. Uma das causas da queda nessa população é a permissão do uso de pesticidas no país que está entre os 10 maiores consumidores desses produtos, segundo a FAO - Oganização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação.        Além disso, vale ressaltar que o homem também arca com diversos prejuízos de sua própria ação em conjunto com falhas permissões legais. O desmatamento desenfreado e o aumento das queimadas como as da Amazônia, em julho deste ano, que cresceram em 87% segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, aumentam a emissão de gás carbônico na atmosfera, o que contribui para o agravamento de doenças respiratórias e a superlotação dos hospitais e serviços de saúde pública da população. Outra situação é a deficiente fiscalização de mineradoras que gerou dois desastres ambientais nos últimos anos em Mariana e em Brumadinho, levando neste último local cerca de 228 cidadãos à morte, de acordo com a Defesa civil.        Portanto, a visão capitalista do homem aliada às leis ambientais permissivas tem gerado um grande impacto à natureza e aos próprios indivíduos, levando à necessidade de intervenções. Cabe, então, ao Governo rever as alterações que têm sido feitas na legislação visando beneficiar o lucro e remodulá-la de modo que respeite e preserve o meio ambiente a fim de que se reduza a extinção de espécies animais e vegetais. Além disso, a fiscalização deve ser intensificada para garantir o cumprimento efetivo dessas diretrizes. Por fim, o Estado deve transmitir camapanhas através dos meios de comunicação para conscientizar a população da importância da preservação da natureza. Só assim haverá a promoção de um ambiente saudável para a manutenção, inclusive, da vida humana.