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Enviada em: 13/09/2019

Em 1987, o Relatório Brundtland, mais conhecido como "Nosso Futuro Comum", apresentou o conceito de Desenvolvimento Sustentável às nações do mundo inteiro. Contudo, já se passaram mais de 30 anos e o Brasil ainda possui certa dificuldade em compreender a importância do meio ambiente para a economia e para a sociedade e ainda insiste no seu desenvolvimento a todo custo mediante às suas várias tentativas de flexibilizar as leis ambientais.     Em primeiro plano, é importante frisar a grande influência dos empresários rurais para a economia e política brasileira. A banca ruralista no Congresso Nacional possui grande número de parlamentares e uma pequena oposição ambientalista. Por conseguinte, há uma certa facilidade em  defender seus interesses econômicos mesmo que ocasione no malefício da população e do meio ambiente. Desta forma, projetos de leis questionáveis, como o Novo Código Florestal e a ideia de tornar menos rígido o uso de agrotóxicos, são aprovados por apresentarem uma base de apoio considerável.    Ademais, a vantagem econômica obtida por meio de desmatamentos e práticas ambientais pouco responsáveis causam graves impactos no dia a dia de grande parte da população, especialmente a de baixa renda. Os problemas gerados vão desde alterações climáticas e degradação de solos até o baixo, caro e difícil acesso à água potável e aos alimentos de boa qualidade. Também, é válido citar as frequentes invasões violentas, por vezes causadoras de mortes, dos fazendeiros às áreas de demarcação indígena na tentativa de ampliar suas terras.      Outrossim, a irresponsabilidade da sociedade brasileira e, principalmente, de seus governantes com as questões ambientais pode provocar uma série de impasses geopolíticos, como foi observado recentemente com a paralisação do repasse de verbas da Noruega e da Alemanha para o Fundo de preservação da Amazônia. Este pouco interesse na proteção do meio ambiente é responsável também por desgastar a imagem do Brasil perante às grandes potências mundiais e aos parceiros comerciais de maneira a afetar a economia de forma geral.       Fica evidente, portanto, que o Brasil precisa planejar de forma mais sustentável seu "futuro comum". A fim de que isso ocorra é preciso investimentos no Ministério do Meio Ambiente por parte do Governo Federal para que fiscalizações em áreas de mata preservadas e de produção agropecuária sejam frequentes e eficientes. Além disso, os partidos políticos devem criar campanhas publicitárias de incentivo a eleição de candidatos ambientalistas com o objetivo de criar uma forte oposição aos ruralistas dentro do Congresso Nacional e, assim, barrar projetos que vão contra o meio ambiente.