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Enviada em: 27/04/2018

A Revolução Industrial do século XVIII ocasionou o emprego de tecnologias em várias fases do processo produtivo e, a partir desse momento, corroborou para diversas mudanças socioeconômicas, uma delas foi a alteração das relações trabalhistas. Desde então, os proletariados, que vendem sua força por meio do trabalho, foram altamente explorados por esse novo sistema, mas, ao mesmo tempo, veem-se obrigados a realizar tal troca para se sustentarem e sobreviverem à lógica capitalista. Desse modo, é fundamental discutir os efeitos do mundo tecnológico no mercado atual e de que forma evitar os impactos negativos, visto que parte da sociedade é prejudicada.   Em primeiro lugar, é indubitável que as inovações digitais propiciam diversas facilidades em vários aspectos da vida contemporânea. No entanto, elas podem ocasionar a diminuição de vagas de emprego em algumas funções e até a extinção de alguns postos de trabalho. Tal fenômeno é denominado de desemprego estrutural, na qual a força humana é substituída por máquinas ou sistemas computadorizados. Logo, esse desenvolvimento tecnológico, apesar de algumas vantagens, obriga o indivíduo, muitas vezes, a buscar determinadas profissões nas quais esteja menos sujeito à perda do seu vínculo empregatício pela automatização de sua atividade.   Além disso, é perceptível a valorização de algumas profissões, sobretudo as que possuem a função de criação e manutenção de equipamentos tecnológicos que proporcionam o aumento da produtividade. As áreas de TI, computação obtêm mais vantagens no mercado atual, enquanto isso, outras são prejudicadas como, por exemplo, a agrícola, na qual há o desemprego de milhares de trabalhadores rurais devido ao alto nível de mecanização das colheitas nos últimos anos. É, portanto, notório que as pessoas cujas atividades que praticam exigem menor qualificação representam a maior parcela da população afetada e, consequentemente, têm grandes chances de serem vítimas da marginalização que as desigualdades, sobretudo no acesso à formação educacional, proporcionam.   Dessa forma, para atenuar os problemas advindos da revolução digital no trabalho, é papel do Ministério da Educação, em conjunto com o Governo Federal, investir no aprimoramento dos cursos das universidades federais, através da implantação de estrutura e ferramentas necessárias que possibilitem o encaixamento do futuro profissional na atual lógica do mercado de trabalho, de modo a não se tornar alvo do desemprego estrutural. Ademais, o próprio Ministério da Educação, os governos estaduais e municipais devem oferecer o ensino técnico diferenciado nas áreas rurais, no qual o aluno aprenderá a como utilizar as máquinas agrícolas e gerenciar as fazendas mecanizadas e, assim, fazer com que ele saia qualificado para o trabalho no campo.