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Enviada em: 15/05/2018

A primeira revolução industrial foi um dos marcos da transição para a contemporaneidade. Essa revolução nos meios de produção delimitou o rumo das revoluções seguintes: o aperfeiçoamento da produção e alterações nas relações de trabalho são ponto em comum entre elas. Na atualidade, com o desenvolvimento tecno-informacional, um novo arranjo produtivo está no seu limiar,  junto com novas consequências laborais.       Deve-se pontuar, de início, que o desenvolvimento tecnológico dinamiza o mercado de trabalho. Esse aspecto é  verificado com o surgimento de aplicativos que permitem o auto gerenciamento do trabalho, como o Uber, Airbnb e Triider. Essas novas ferramentas maximizam o alcance da oferta de serviços, ao facilitar que os consumidores localizem rapidamente o fornecedor e realizem o pagamento online. Desse modo, a tecnologia contribui para potencializar as atividades do terceiro setor.       Por outro lado, as mudanças ligadas às atividades do segundo setor podem trazer consequências para os trabalhadores. Nesse aspecto, nas últimas décadas, automação da produção aumentou com o desenvolvimento dos computadores e internet. Essa situação pode ocasionar o desemprego estrutural, que se caracteriza pela substituição de homens por máquinas nas plantas produtivas. Essa situação, segundo Pochmann e Antunes, é característica das economias centrais do mundo e crescente nos países em desenvolvimento, como o Brasil. Assim, evidencia-se que essas transformações alteram as relações trabalhistas.       Depreende-se, portanto, que a revolução digital alterou as relações de trabalho. Assim, cabe ao Ministério do Trabalho, por meio de fiscalização e envio de recomendações, atuar para assegurar a justa remuneração de trabalhadores autônomos que utilizam aplicativos, a fim de evitar que sejam explorados. Além disso, o poder público deve aumentar a disponibilidade de vagas em cursos técnicos e superiores ligados à tecnologia, para que a qualificação profissional estimule a manutenção de trabalhadores na indústria, evitando-se o desemprego ligado à desqualificação profissional.