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Enviada em: 26/05/2018

A Terceira Revolução Industrial, iniciada na segunda metade do século XX, permitiu o desenvolvimento da indústria aliado à aplicação de tecnologias de ponta em todas as fases de produção. Na conjuntura contemporânea, é possível notar que ao mesmo tempo em que as revoluções trouxeram uma evolução para a sociedade, também ofertou impactos negativos sobre a vida dos trabalhadores. Essa série de problemas se dá, principalmente, pelo menor investimento dos empresários e gera uma grande multidão de desempregados. A princípio, a evolução tecnológica digital favoreceu a classe empresarial que substituiria uma mão de obra que requer uma maior quantidade de recursos financeiros  devido a direitos trabalhistas por máquinas e sistemas digitais que pedem um alto investimento mas com o benefício de retorno em forma de lucro a longo prazo. Observa-se que a escolha dos patrões por essas tecnologias é influenciada também pela agilidade no processo produtivo que elas oferecem em relação à mão de obra humana e com isso ganham em eficiência. Segundo Erich Fromm, sociólogo alemão, "o perigo do futuro é que os homens podem se transformar em robôs" e pode-se relacionar à essa crescente substituição dos homens na produção e no mercado de trabalho pela alta tecnologia. Em decorrência dessa alteração no processo produtivo, a classe trabalhadora é a que sofre o maior impacto associado, especialmente, à perda de empregos. Com base no que Harry Braverman, economista estadunidense, disse que "quanto mais sofisticadas as máquinas, menos qualificação tem o trabalhador" percebe-se a necessidade que o trabalhador tem de estar sempre se atualizando para acompanhar o desenvolvimento e diminuir suas chances de desemprego. Verifica-se como alguns postos de trabalho tornam-se obsoletos com o emprego das tecnologias digitais, além da deterioração dos salários. É notório que esse quadro favorece o crescimento do emprego informal e potencializa a desigualdade socioeconômica. Evidencia-se, portanto, a importância de buscar meios para assegurar a classe trabalhadora e minimizar suas perdas. Assim, é função do Ministério do Trabalho, por meio de políticas públicas, que visam guardar os direitos dos cidadãos, promover uma maior oferta de emprego e fiscalizar o salário dos contratados, a fim de diminuir o desemprego no país e impedir que eles recebam salários injustos. É papel do Ministério da Educação, através de medidas, que têm como objetivo educar a todos, incentivar a qualificação dos profissionais em suas áreas para que possam manter-se atualizados e aumentem seu conhecimento. Com isso, será possível assegurar os direitos dos trabalhadores preconizados pela Constituição de 1988.