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Enviada em: 23/07/2018

O filme Tempos Modernos, de Charles Chaplin, exemplifica o fordismo predominante no sistema industrial do início do século XX. Tal modelo explorava a pouca qualificação dos funcionários, ao passo que, esses eram designados a uma única função na linha de produção. A partir da metade do século, entretanto, ocorreu a diversificação dos produtos a fim de flexibilizar os mercados. Desde então, acompanhando os avanços tecnológicas, há mudanças significativas nos postos de trabalho.   A Terceira Revolução Industrial e o surgimento da linha de produção flexível, nesse contexto, alteraram o perfil dos trabalhadores. A queda da necessidade de trabalhos massivos, desse modo, abriu espaço para a qualificação de funcionários que criam e mantem novas tecnologias. Assim, o desemprego estrutural, que marginaliza aqueles que não são considerados aptos a ocupar os postos de trabalho, torna-se constante no atual mercado.   As alterações nos quadros de empregados, além disso, refletem a tomada de consciência desses funcionários. Desse modo, diferentemente da alienação produtiva a qual os trabalhadores fordistas estavam submetidos, o processo produtivo atual exige dos funcionários pleno conhecimento das etapas, para que, o desenvolvimento e administração das empresas sejam eficientes. Tal compreensão, consequentemente, acirra a busca pela conclusão do ensino superior, que, no Brasil, segundo relatório do INEP, aumentou cerca de 110% apenas na primeira década do século XXI.   Com as alterações dos processos produtivos e do mercado de trabalho, portanto, é necessário garantir qualificação dos cidadãos. Desse modo, cabe ao Governo Federal maior investimento na educação para a construção de universidades públicas e contratação de corpo docente, a fim de garantir maior número de vagas e acesso ao ensino independente da classe social. Além disso, é possível incluir ao cronograma educacional matérias voltadas ao cotidiano, desde as técnicas até as práticas, que ensinem aos alunos seus direitos e deveres na sociedade. Com tais propostas é possível garantir a qualificação dos indivíduos sem os tornar alienados, o que pode trazer avanços econômicos e sociais ao país.