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Enviada em: 05/11/2018

Sempre que se fala em revolução tecnológica, muitos indivíduos advogam pelo apocalíptico: desemprego, crise, fome, miséria e outros males que assolam a humanidade. Contudo, tais situações apenas se concretizaram em tempos de guerra. Na paz, o conhecimento e a ciência promovem o aumento da produtividade e demandam mais qualificação. No final, toda a sociedade ganha com a maior oferta de produtos e serviços.       Atualmente, a grande discussão está em torno da revolução digital e como ela impacta o mercado de trabalho. Na prática, o recado é claro: serviços operacionais e que demandam mera interpretação de dados, sem geração de conhecimento e sem agregação de criatividade, tendem ser absorvido por tecnologias como a inteligência artificial. Tal fato significa o rompimento de uma lógica social importante, pois a dinâmica do novo profissional, bem como sua capacidade de se reinventar, é essencial.       Além disso, as novas gerações, notavelmente a geração Z, não estão interessadas em reproduzir o modelo de mercado de trabalho idealizado pelas gerações anteriores. Os próprios trabalhadores atuais não confiam na perenidade das condições vigentes: de acordo com pesquisa do Jornal Econômico, no Brasil, 80% dos entrevistados têm interesse em trabalhar por conta própria no futuro, sendo que quase metade pretende permanecer no emprego atual por até cinco anos, banalizando a ideia de consolidação de uma carreira em uma única empresa até aposentadoria, como já foi.       Assim, em função da forma como essas tecnologias surgem, é essencial que existam políticas públicas que fomentem a qualificação digital dos futuros trabalhadores. O Ministério da Educação deve inserir no novo Ensino Médio a abordagem "Transformação Digital". Nela, os alunos serão capacitados em lógica, programação, desenho e comunicação. Além dos computadores presentes nas escolas, os alunos devem ser motivados a utilizar os próprios smartphones, que já são realidade em suas vidas. Dessa forma, por meio da educação formal, os futuros trabalhadores terão mais afinidade com tecnologias que ditarão os rumos do mercado.