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Enviada em: 09/07/2018

A quarta fase da revolução industrial é caracterizada pelas inovações na área da robótica, biotecnologia e automatização das prestações de serviço, em decorrência disso, o número de desempregos cresce exponencialmente. De acordo com a Organização Mundial do Trabalho, há cerca de 13,8 milhões de desempregados no Brasil, sendo esta a terceira maior população sem emprego do G20. Diante disso, quais os impactos dessa realidade no mercado de trabalho?      Em primeiro plano, é notável que, perante a intensa utilização da tecnologia digital, as empresas exigem profissionais cada vez mais qualificados, uma vez que quanto mais atualizado o indivíduo for diante do assunto, mas valorizado ele será. Em contrapartida, aqueles que não se adequam ao ideal exigido, será rejeitado e terá que recorrer ao trabalho informal, o qual não há  o pagamento de impostos. Dessa maneira, a sociedade, segundo o sociólogo Durkheim, tende a entrar em um estado de anomia, já que a população que sonega o dinheiro para o Estado também necessitará dos atendimentos prestados por ele.      Além disso, a revolução digital contribui para o aumento da desigualdade social, pois, para o cientista social Karl Marx, a burguesia, ao utilizar-se da tecnologia para aumentar seus lucros, diminuirá o número de empregos e piorará a situação de vida do proletariado. Ademais, as oportunidades das pessoas de alta renda se qualificarem e garantir as melhores vagas tanto nas universidades quanto no mercado de trabalho são muito maiores do que as das pessoas que vivem na periferia da sociedade.      Diante dos fatos expostos, percebe-se, portanto, que a revolução digital traz diversos benefícios para a economia como o aumento da produtividade e a automatização de serviços, no entanto acarreta vários problemas sociais. Dessa forma, é imprescindível que o Ministério da Educação, em conjunto com o Ministério da Fazenda, crie um projeto denominado "Emprego Para Todos", no qual 5% dos lucros da lotéricas do país será destinado para o melhoramento da educação das escolas públicas do Ensino Fundamental e Médio a fim de buscar igualar as oportunidades de entrada nas Universidades e de qualificação para o mercado de trabalho. Além do mais, será investido na criação de polos de trabalho de empresas estatais a fim de aumentar o numero de empregos no país e diminuir o índice do trabalho informal.