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Enviada em: 15/07/2018

A terceira revolução tecnológica foi a prova de que o uso de máquinas inovadoras pode promover benefícios incontáveis, entre os quais pode-se citar o veloz e eficiente meio de comunicação atual. Todavia, apesar disso, surge a problemática dos inúmeros impactos negativos que a desorganizada inserção tecnológica no mercado de trabalho brasileiro tem ocasionado, seja pela insuficiência de medidas governamentais para banir esse entrave, seja pela negligencia e falta de adequação das pessoas a essa realidade inevitável.      É indubitável que a questão governamental esteja entre as causas do problema. Essa falha sistemática é nítida quando se baseia nos princípios de equilíbrio e justiça social difundidos por Aristóteles, visto que o direito ao emprego, à igualdade social e às dádivas provenientes da internet previstas nos direitos humanos não são aplicados devidamente no país. Prova disso é que, conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, além do Brasil estar entre os países onde há maior índice de desemprego, também encontra-se entre os que menos se preocupam com a atualização e qualificação profissional.      Outrossim, destaca-se a extrema dependência do trabalhador em relação aos empregadores e o notável desinteresse de muitos brasileiros em relação à qualificação profissional como impulsionadores do problema. Assim, percebe-se uma semelhança da sociedade atual com o personagem da obra "Embargo" de José Saramago, haja vista que na ficção, apesar da homem perceber a sua agravante "coisificação", submeteu-se àquela realidade. De igual modo, as pessoas têm se conformado com o domínio das máquinas e do opressor sistema trabalhista que se opõe ao ideal de Karl Marx,  deixando, muitas vezes, de procurar e aproveitar as oportunidades de atualização técnica.       Tendo em vista os fatos elencados, medidas são necessárias para resolver o impasse. Assim, é imprescindível que os três poderes do Estado, juntos, aumentem o rigor das leis existentes que visam amparar os desempregados, ajudando-os não só a encontrar um serviço digno, como também remunerando-os enquanto estiverem sem emprego. Ademais, é essencial que o Ministério do Trabalho e o Ministério das Comunicações realizem campanhas, ficções engajadas e palestras por meio das quais as pessoas possam ser orientadas e incentivadas à respeito da importância da pós-graduação e cursos profissionalizantes que mantenham seu valor no exigente mercado de trabalho. É indispensável, ainda, que a população aproveite todas as informações repassadas pelos ministérios por intermédio do uso dos aplicativos e redes sociais para montar seus próprios negócios, concretizando, assim, a independência e segurança financeira dos trabalhadores em meio ao capitalismo tecnológico.