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Enviada em: 15/07/2018

Em 1965 o químico estadunidense, George Moore, apresentou ao mundo a lei que previa a duplicação da capacidade dos microchips a cada 18 meses. Hoje, o cumprimento dessa regra pode ser sentido e os avanços da tecnologia digital são cada vez mais notáveis no mercado de trabalho. Nesse contexto, deve-se analisar o papel da gerência estatal e da educação na adaptação das pessoas a essa realidade.          A princípio, convém destacar que certas medidas administrativas podem dificultar o ajuste de uma sociedade às demandas do cenário tecnológico. De acordo com o filósofo Luiz Felipe Pondé, a inclusão das novidades digitais no mercado de trabalho possibilitará um crescimento das prestações de serviços. Sob essa ótica, o empreendedorismo passa a ser uma peça chave da economia que se moderniza e depende cada vez mais do terceiro setor. Logo, políticas que visam elevar os tributos sobre o desenvolvimento dos negócios podem resultar no comprometimento  da capacidade do indivíduo de reagir às transformações       Além disso, vale mencionar que sem a devida instrução da sociedade a modernização das profissões pode produzir efeitos contrários, aumentando a desigualdade. Isso ocorre porque, com a elevação da especificidade dos postos de trabalho, os custos para atingir os níveis desejados pelo mercado são maiores. Nesse panorama, o avanço tecnológico passa a representar, como definido pelo geógrafo Milton Santos, uma forma de diminuir o indivíduo. Consequentemente, a informalidade laboral passa a ser o caminho que, seguido pelo cidadão marginalizado, acentua os contrastes sociais.      Diante do exposto, faz-se necessário que os países busquem reduzir os impostos sobre o microempreendedor com o fito de abrir espaço para a criatividade e a construção de novos negócios que beneficiarão a geração de empregos. Outrossim, é importante que a ONU busque, por meio da UNESCO, estimular e incentivar o ensino tecnológico em diversas nações – principalmente as pobres e emergentes– para evitar o incremento da desigualdade social. Assim, a transformação prevista por Moore será positiva no mercado de trabalho.