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Enviada em: 15/10/2018

Foi no século XVIII, na Inglaterra, que teve início a Revolução Industrial. Essa Revolução modificou significativamente as formas de produção, pois foi a partir dela que se estabeleceu a divisão de trabalho e, também, o controle do maquinário pela burguesia. Todavia, a modernização ocasionou altos índices de desemprego e miséria. De mesmo modo na Contemporaneidade, a Revolução Tecnológica ameaça diversas profissões, seja pela baixa qualificação, seja pela falta de investimento na educação básica.    É relevante abordar, primeiramente, que o começo do século XXI é marcado pelo desenvolvimento das tecnologias. Somente neste período, o uso da internet passou a ser indispensável para praticamente todas as funções no mercado de trabalho, além de ser utilizada em transações financeiras e possibilitar redes de relacionamento. Em outras palavras, o ambiente digital é uma exigência da atualidade. Nesse sentido, uma considerável parcela das pessoas ficam impossibilitadas de disputarem determinadas vagas, por não preencherem os pré-requisitos básicos de saberes tecnológicos. Ademais, os conhecimentos adquiridos pelos profissionais passam a ser superados rapidamente, isto é, tornam-se obsoletos devido à rapidez das inovações tecnológicas.        Além disso, cabe ressaltar que de acordo com o Ministério da Educação e Cultura (MEC) grande parte das escolas fundamentais e de ensino médio ofertam apenas a educação regular, ou seja, não há uma política que visa ao ensino técnico, logo muitos estudantes chegam ao mercado de trabalho despreparados e, assim como na Revolução Industrial do século XVIII, acabam por serem uma mão de obra pouco especializada e por fim, desempregada. Convém lembrar ainda, que muitas profissões deixaram de existir por conta do progresso da informática, por outro lado, outras carreiras surgiram devido a esse novo cenário. Nesse sentido, em países desenvolvidos, como o Japão, as crianças e os adolescentes estudam disciplinas pertinentes ao mercado global, como robótica e programação, por exemplo.    Portanto, urge que o Estado por meio de envio de recurso ao Ministério da Educação e Cultura promova a ampliação de conteúdos da base curricular nacional, para que os alunos da rede pública e privada, tenham acesso e desenvolvam habilidades apreciadas e exigidas pelo mercado de trabalho, com a finalidade de prepará-los profissionalmente. Cabe também ao Ministério da Educação, proporcionar a construção de mais escolas técnicas que atenda aos trabalhadores pouco especializados, com o objetivo de ofertar cursos profissionalizantes ou de capacitação, para assegurar melhores condições laborais. Desse modo, o maior país da América Latina conseguirá driblar a nova era digital ao garantir que sua população esteja preparada para assumir qualquer posto de trabalho.