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Enviada em: 27/11/2018

A inserção das tecnologias da informação e comunicação no mundo aproximou pessoas com a globalização. Tal configuração, entretanto, impactou a relação do homem com o mercado de trabalho, causando afligimento na sociedade. Nesse sentido, a tecnologia não somente trouxe desemprego estrutural, mas também aumentou o abismo social. Logo, é fundamental analisar as causas a fim de buscar caminhos para mitigar esse problema.    Em primeira análise, a revolução tecnológica foi protagonista na história do desemprego. Isso ocorre devido a robotização das tarefas as quais substituíram o trabalho humano pelas máquinas. Uma prova desse fato é a Revolução Verde que diminuiu os níveis de emprego formal através da mecanização do campo, a exemplo do agronegócio presente nos latifúndios brasileiros. Nesse caso, pode-se concordar com o teórico alemão, Albert Einstein, quando ele diz que a tecnologia ultrapassou a nossa humanidade, afinal a mão-de-obra que interessa para o mercado de trabalho é a digital, como é flagrado na demissão de funcionários bancários para a instalação de caixas eletrônicos nas agências. Desse modo, a desvalorização do trabalhador, ao mesmo tempo em que é lucrativo para o capitalismo, é indubitavelmente um retrocesso na evolução do trabalho no mundo.    Não bastasse isso, a segregação socioeconômica cresceu com a digitalização dos cargos funcionais, já que uma vez desempregado nenhum indivíduo consegue levar uma vida digna. Essa consequência vai de encontro a Declaração Universal dos Direitos Humanos a qual assegura, em seu Artigo 1º, que toda pessoa tem direito à educação, alimentação, moradia e saneamento básico. Tais direitos, contudo, são incapazes de serem garantidos caso o cidadão não encontre um mecanismo de trabalhar para sustentar uma vida digna. A intensificação da desigualdade é, portanto, fortalecida com a terceirização do trabalhador, a falta de qualificação para dominar dispositivos e o avanço do capitalismo que, juntos, trazem uma catastrófica instabilidade do trabalho.    Por tudo isso, para amenizar essa questão as prefeituras devem oferecer cursos profissionalizantes aos desempregados, por meio do aporte financeiro da União em programas do SEBRAE nas comunidades com aulas direcionadas ao manuseio das ferramentas tecnológicas, objetivando qualificá-las ao mercado formal. Ademais, ONGs de voluntariado devem acolher os desempregados, por meio de debates construtivos que os ajudem a desenvolver o seu próprio potencial no mercado de trabalho, a fim de compartilhar ideias empreendedoras para se erguerem financeiramente.