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Enviada em: 01/12/2018

A inserção das tecnologias da informação e da comunicação, no mundo, aproximou pessoas com a globalização. Tal configuração, entretanto, impactou a relação do homem com o mercado de trabalho, causando afligimento na sociedade. Nesse sentido, a tecnologia não somente trouxe desemprego estrutural, mas também aumentou o abismo social. Logo, é fundamental analisar as causas a fim de buscar caminhos para mitigar esse problema.    Em primeira análise, a revolução tecnológica foi protagonista na história do desemprego. Isso ocorre devido à robotização das tarefas a qual substituíram o trabalho humano pelas máquinas. Uma prova desse fato é que a Revolução Verde provocou uma diminuição nos níveis de emprego formal através da mecanização do campo, a exemplo do agronegócio de transgênicos presente nos latifúndios brasileiros. Nesse caso, pode-se concordar com o teórico alemão, Albert Einstein, quando ele disse que a tecnologia ultrapassou a nossa humanidade porque a mão-de-obra que interessa para o setor produtivo, como indústrias e supermercados, está cada vez mais automatizada. Desse modo, a demissão do trabalhador é indubitavelmente um retrocesso na evolução do trabalho no mundo.    Além disso, a segregação socioeconômica cresceu com a digitalização dos cargos funcionais, já que uma vez desempregado nenhum indivíduo consegue levar uma vida digna. Tal consequência vai de encontro à Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH) a qual assegura, em seu Artigo 1º, que toda pessoa tem direito à educação, à alimentação, à moradia e ao saneamento básico. Esses direitos, contudo, são incapazes de serem garantidos caso o cidadão não encontre um mecanismo de trabalhar para sustentar uma boa qualidade de vida. O abismo socioeconômico é, portanto, fortalecido com a desigualdade na contratação do trabalhador pois a revolução digital exige do funcionário a qualificação para dominar dispositivos, sistemas virtuais e máquinas, trazendo uma catastrófica instabilidade no mercado de trabalho.    Por tudo isso, para amenizar essa questão as prefeituras devem oferecer cursos profissionalizantes aos desempregados, por meio do aporte financeiro da União em programas do SEBRAE nas comunidades com aulas direcionadas ao manuseio de ferramentas tecnológicas, objetivando qualificá-las ao mercado formal. Ademais, as empresas  de grande porte devem oferecer uma porcentagem de vagas para trabalhadores, por meio de cargos provisórios, com o intuito de garantir o salário temporário para o indivíduo  manter o seu sustento e qualificar-se em cursos de manuseio tecnológico para garantir a permanência no mercado formal. Nesse caminho, com a cooperação entre poder público e sociedade civil será possível amenizar tal questão.