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Enviada em: 13/03/2019

Completamente vinculada à internet, as redes sociais vieram para romper com os preceitos de individualismo e ganharam força devido ao seu dinamismo comunicativo e amplitude de alcance. Contudo, as múltiplas possibilidades de compartilhamento informacional permitem ao homem que se expresse de maneira abusiva, o qual afeta -injustamente- outros usuários das mídias. Esse problema traz consigo, não somente a intolerância em todos os âmbitos, mas também a disseminação de discursos de ódio nas redes sociais. É preciso que a hostilidade presente na rede ceda espaço à prática do bom  senso de muitos.                    A crescente popularização das redes expandiu significativamente o problema da intolerância, podendo a mesma se manifestar através da divulgação de conteúdos racistas, homofóbicos, religiosos, entre outras formas de preconceito contra demais minorias. É conhecido o fato de que o respeito é essencial para o bom desenvolvimento de uma sociedade saudável. Contudo, de acordo com levantamentos realizados pelo projeto Comunica que Muda, cerca de 84% das menções nas redes sociais sobre temas como política, misoginia e racismo, eram indevidamente negativos.                           Ademais, sabe-se que a internet oferece a seus usuários uma grande ferramenta incentivadora da repercussão e ininterrupção dos discursos de ódio. O anonimato permite que o homem propague mensagens de conteúdo prejudicial e abusivo, violando os direitos fundamentais -previamente assegurados pela constituição brasileira- dos demais usuários. Assim, a liberdade de expressão não pode transcender os limites impostos pela lei.                           Diante disso, as três principais instituições do país devem trabalhar em conjunto para que se possa amenizar tal problema. O Estado deve investir nos aplicativos de monitoramento de postagens, para que, uma vez em vigor, possa garantir a punição adequada aos opressores digitais. As escolas por sua vez, precisam oferecer palestras ao corpo estudantil, alertando-os sobre as consequências de práticas preconceituosas nas redes, como também incentivá-los a denunciar os mesmos. Por fim, cabe a instituição familiar ensinar às futuras gerações do país o hábito do bom senso, para que pouco a pouco o ódio presente nas redes sociais seja substituído pela empatia e pelo respeito ao próximo.