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Enviada em: 17/03/2019

A Globalização, Revoluções Industriais e outros fatos históricos propiciaram ao mundo o advento das tecnologias em vários setores da sociedade, em destaque o mercado de trabalho. Ainda que os meios técnico-científicos tragam benefícios às relações econômicas e sociais, como a aproximação das pessoas por meio do avanço dos meios de comunicação, por outro lado, causam prejuízos observáveis no aumento dos níveis de desemprego e, consequentemente, das disparidades sociais.   Observa-se que a Guerra Fria foi etapa importante no desenvolvimento tecnológico mundial não só com as corridas armamentista e espacial, mas também com os tecnopolos, em destaque o Vale do Silício, nos EUA. Esses últimos são o símbolo da Terceira Revolução Industrial, definidos como lugares de produção de alta tecnologia e têm como um de seus desdobramentos a mecanização de vários empregos. Um efeito desse quadro é a troca de postos de trabalho ocupados originalmente pelo homem por máquinas e isso caracteriza o desemprego estrutural. Ainda por cima, outro fator responsável pelo aumento do desemprego é a demanda por mão-de-obra qualificada e em número reduzido, o que é um problema, pelo fato da educação brasileira não preparar a sociedade, de maneira correta, para um mercado de trabalho competitivo, especializado e tecnológico.   Sob o mesmo ponto de vista, é importante salientar a industrialização nas cidades brasileiras aliada à Revolução Verde a qual marcou o início da mecanização agrícola, uso de fertilizantes e criação de institutos de pesquisa, como a Embrapa. Esses dois momentos históricos propiciaram o êxodo rural e a pouca oportunidade de emprego nas cidades os quais levaram muitos a ocuparem as margens dos centros urbanos e, sem trabalho com carteira assinada, houve aumento significativo dos níveis de trabalho informal no Brasil. Outrossim, a crise socioeconômica causada pelo desemprego e trabalho informal atrela-se ao aumento da desigualdade social e, ainda por cima, acentua a flexibilização das leis trabalhistas e condições insalubres de trabalho. Logo, é observável o quão as tecnologias podem ser maléficas à sociedade, principalmente às camadas dotadas de pouco poder aquisitivo.   Em virtude dos aspectos analisados, é necessário, portanto, que medidas sejam tomadas para resolver os impasses mencionados acima. Cabe ao Poder Executivo junto ao MEC, por meio da melhoria da infraestrutura das Escolas, Universidades e construção de centros de ensino profissionalizantes voltados, também, ao aluno do Ensino Médio, a promoção de uma educação que prepare os estudantes ao mercado de trabalho, com aulas práticas e teóricas de robótica, mecânica, informática e economia, a fim de que sejam qualificados a assumirem variados postos de trabalho, o que provocará a queda do desemprego. Assim, a revolução digital terá os efeitos benéficos destacados.