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Enviada em: 23/03/2019

No longa metragem "Matrix", é retratado um futuro distópico em que a espécie humana sucumbe perante à tecnologia, dessa forma, tornando-se prisioneira de máquinas que antes serviam apenas como ferramenta. No filme, todas as pessoas estão presas a uma realidade virtual - embora não tenham conhecimento-, nascem e morrem sem noção do mundo real, que lhes é omitido.  Hodiernamente, encontra-se um paralelo com o filme na medida em que a humanidade fica cada vez mais sujeita à tecnologia para as mais diversas necessidades do dia a dia. É urgente debater o perigo da super dependência tecnológica que cresce na sociedade.   É fato que, as empresas buscam diariamente novas tecnologias mais baratas e eficientes para satisfazerem a demanda de seus consumidores. Assim como o Fordismo, modelo de produção criado por Henry Ford, no início do século XX, que idealizou um sistema de montagem dependente de tecnologias que favoreciam os operários nas fábricas, antes que a tecnologia superasse a mão de obra humana, até que todos fossem forçados a se adaptarem à nova era industrial: a dos robôs.  Tal como descrito, segundo a Federação Internacional de Robótica, quase 254 mil robôs foram comprados pela indústria de todo o mundo em 2015, no Brasil, foram comercializados cerca de 1,5 mil no mesmo ano. Embora a tecnologia amplie a produtividade, em contraste, diminui progressivamente a demanda de pessoas em fábricas, e eleva o nível de instrução necessário para se entrar no mercado. Em suma, desfavorecendo os menos capacitados e corroborando com o desemprego em locais onde há menos pessoas escolarizadas. Assim sendo, de acordo com Albert Einstein: "se tornou aparentemente óbvio que nossa tecnologia excedeu nossa humanidade".   Entende-se por fim, diante do exposto, a necessidade de intervenção do Estado brasileiro como mediador desse progresso. Em primeiro lugar, o Ministério da Educação, precisa desde o ensino básico até o nível superior, adaptar os cidadãos a um novo mercado laboral, através de cursos técnicos e especializantes desde a juventude, permitindo assim, que os jovens adquiram experiência e estejam preparados para concorrer aos mais diversos cargos. Destarte, a tecnologia continuará apenas como uma ferramente para o progresso da civilização, e não seu fator determinante, como o proferido no futuro distópico retratado em Matrix.