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Enviada em: 06/06/2019

O trabalho sempre foi o principal eixo de significação do ser humano. É por meio dele que conseguimos manter uma vida minimamente confortável e íntegra. Entretanto, os desdobramentos da nova revolução tecnológica têm modificado essa estrutura e está se fundamentado sobre o signo do interesse privado em detrimento do indivíduo quem não consegue acompanhar essa dinâmica de sofisticação do sistema.       A princípio, vale ressaltar algo inerente ao sistema capitalista: a racionalização. As razões que precedem esse método se exteriorizam em uma concepção de desenvolvimento que, em nome da maximização dos lucros, altera os modos de produção e faz com que a robotização e a automação sejam os novos elementos que asseguram uma maior produção, em menor tempo e consequentemente mais barata. Contudo, para o proletariado, esse procedimento introduz na sociedade o que Karl Marx chamou em seu livro, "O Capital", de Exército Industrial de Reserva, ou seja, um contingente enorme de desempregados.       Correlato a essa dimensão estrutural, observa-se a insuficiente qualificação profissional por boa parte da população. Esse baixo nível de instrução acadêmica decorre de uma ingerência do Estado que constantemente promove cortes nos gastos com educação, como o feito com o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e  Telecomunicações (MCTIC) em 2018 de 25% do valor que era repassado em relação ao ano de 2017. Assim a falta de prioridade do Governo compromete o acesso a bolsas de estudos e programas públicos.       Fica claro, portanto, que o problema vai dos interesses dos detentores dos meios de produção à inoperância do Estado. Logo, a tentativa de resolução desse impasse passa por uma atuação preventiva do MCTIC em parceria com o Sebrae e deve estar ancorada na articulação de políticas de incentivo a pesquisas, para fins que capacitariam o indivíduo para o mercado de trabalho, e na formulação de novas profissões que exijam criatividade e o pensamento crítico.