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Enviada em: 23/05/2019

Desde a Revolução Informacional no século XX, as inovações tecnológicos estão crescentemente presentes no cotidiano social, uma vez que otimiza as atividades desenvolvidas nesse meio. No entanto, percebem-se, também, impactos vis relacionados, sobretudo, ao mercado de trabalho. Sob esse viés, a necessidade da hiperespecialização e a notória exclusão digital apresentam-se como fatores decisivos nessa questão. Logo, urgem ações engajadas dos agentes adequados, com o escopo de minimizar os efeitos deletérios dessa conjuntura.       Efetivamente, é preocupante a excessiva necessidade de aperfeiçoamento no meio laboral modernizado. Nesse sentido, observam-se que os indivíduos são constantemente influenciados a exercerem funções específicas nos processos produtivos, tal como ocorria nas antigas relações trabalhistas da Primeira Revolução Industrial. Esse cenário, por sua vez, consoante o educador Rubem Alves, revela a tendência da especialização científica de conhecer cada vez mais de cada vez menos. Em face disso, verifica-se não só a mecanização do homem nas suas funções corriqueiras, mas também a restrição do amplo conhecimento nas diversas áreas de estudo.            Ademais, é evidente que as inovações digitais não são tangíveis à grande parcela da população, fato que inviabiliza a qualificação exigida por muitos empregos durante as seleções trabalhistas, por exemplo. Essa situação é agravada, na medida em que não são oferecidos meios para inserção e adaptação desses indivíduos no contexto técnico, como o oferecimento de cursos instrutivos de informática básica, tanto pelo Ministério do Trabalho, quanto pelas próprias empresas privadas. Por conseguinte, nota-se além do isolamento digital, o aumento do desemprego estrutural e do mercado informal, o que resulta em alarmantes prejuízos para a economia.       Destarte, é essencial reduzir as maléficas consequências das tecnologias no âmbito trabalhista. Para tanto, é impreterível que as mídias de amplo alcance abordem nos conteúdos diários a questão do aperfeiçoamento laboral excessivo, com o fito de sensibilizar os indivíduos e de reduzir os efeitos decorrentes dessa prática. Concomitantemente, é imprescindível que o Ministério do Trabalho, por meio de parceiras com firmas privadas, amplie as políticas voltadas à inclusão digital, oferecendo cursos profissionalizantes em áreas técnicas e vagas destinadas às pessoas que finalizam essa formação, a fim de reduzir o desemprego estrutural e otimizar a situação financeira nacional.