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Enviada em: 23/05/2019

A expectativa que une todas as revoluções industriais é a inovação necessária para o avanço socioeconômico das épocas. As terceira e quarta revoluções, porém, possuem um salto maior do que o esperado, porque contam com a maior ferramenta já desenvolvida pelo ser humano: a internet. Essa, viabilizou a revolução tecnológica digital no mercado de trabalho por meio de ferramentas que proporcionaram praticidade ao consumidor; mas que, hoje, colocam impasses no empregado moderno e padrão, o que gera um vertiginoso desemprego estrutural.         É indubitável que a economia de um país, bem como a evolução dos meios de produção de tecnologia, influenciam no modelo de vida de seus cidadãos. Karl Marx utilizou duas denominações para descrever esse processo: Estrutura, o trabalho, e a Superestrutura, as demais coisas pautadas pela primeira. Assim, no momento em que a estrutura evolui, a crença é que a superestrutura também evoluirá. Quando inovações instalam-se nesse meio, espera-se que o trabalhador as acompanhe; mas, dado que a maioria dos países é emergente e que suas pirâmides etárias pendem para a maior idade, o perfil do operário tende a ser antigo sob a visão do novo mercado.        Outrossim, as empresas também perdem espaço para a tecnologia dos aplicativos, bem como para um perfil de trabalhadores cada vez mais novo, pela aceitabilidade das inovações. A série How I Met Your Mother foi ao ar em 2005; em um de seus episódios, o personagem principal utiliza uma empresa física como ferramenta para encontrar o ''par perfeito''. Já na série Black Mirror, 2018, a mesma tecnologia mostra-se tão avançada que todo o processo é feito por um aplicativo que possui inteligência artificial. Situação semelhante ocorre com prestações de serviço atualmente antiquadas, como os taxis; em que o perfil, no geral, tende à obsolescência e perde espaço para novos aplicativos como a Uber. Em 2016, uma pesquisa da Confederação Nacional do Transporte demonstrou que a média etária de taxistas é de 47,2; enquanto que, na uber 50% dos condutores está abaixo dessa média.         Haja vista que à medida que as evoluções ocorrem o antigo trabalhador torna-se obsoleto, pode-se concluir que é dever das empresas fornecer aos funcionários cursos cada vez mais atualizados, que devem ser produzidos pelos pólos tecnológicos do país. Tendo em vista que a maior parte da população economicamente ativa tem entre 50 e 60 anos, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, os cursos devem ser claros e objetivos, de modo a prepará-los para a velocidade das transformações atuais. Assim, as empresas que possuem perfis diversificados de funcionários poderão manter-se no mercado; de mesma forma, poderão criar seus próprios aplicativos e, dessarte, competirão justamente com os novos serviços e evitarão o desemprego estrutural.