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Enviada em: 02/07/2019

"Tinha uma pedra no meio do caminho, no meio do caminho tinha uma pedra". O recorte do poema de Drummond pode fazer analogia à questão dos impactos negativos da revolução digital tecnológica no mercado de trabalho, que é um problema que gera incômodo à sociedade. Posto isso, é necessário analisar as causas para efetuar-se um combate eficiente a essa problemática que é papel tanto do Governo, quanto da sociedade.      De início, é importante pontuar que as políticas públicas têm papel fundamental na superação desse obstáculo. Segundo Aristóteles, o Governo deve, acima de tudo, garantir o bem-estar da sociedade. Porém, por vezes, nota-se o descaso das autoridades públicas em relação à preparação da população para se adaptar ao futuro mercado de trabalho. Em um futuro não tão distante, com o desenvolver das novas tecnologias, vários profissionais serão substituídos pelos inovadores aparatos tecnológicos e a concretização desse cenário deixará milhões de pessoas desempregadas. Nesse sentido, se nada for feito para reverter esse cenário, o Governo ferirá os princípios aristotélicos, haja vista que a não adesão de medidas contra essa adversidade causará danos e prejuízos à sociedade.      Ademais, a sociedade contribui para a acentuação da problemática. É certo de que no futuro ocorrerá uma tremenda reviravolta nos trabalhos mais cobiçadas, pois mesmo os considerados tradicionais, como medicina, engenharia e direito, ainda que sejam compostos por trabalhadores especializados, poderão ter seus profissionais substituídos por máquinas. No entanto, mesmo parecendo uma situação irreversível e assustadora, não é a primeira vez que a humanidade enfrenta esse revés, a exemplo disso tem-se o período das transições da 1ª para a 2ª e da 2ª para a 3ª Revolução Industrial, nas quais os trabalhadores, em massa, tiveram sua mão-de-obra substituída pelas máquinas. Sob esse contexto, cabe à sociedade e ao Estado prevenirem-se para que esse impacto não seja de imediato e que possa consequentemente ser amortizado.      Conclui-se, diante do exposto, que a questão dos impactos negativos da revolução digital tecnológica no mercado de trabalho ainda é um problema a ser resolvido. Sendo assim, com o objetivo de minimizar esse revés, urge, que o Superministério da Cidadania em conjunto com o Superministério da Economia, por meio da captação e da excelente otimização na utilização dos recursos enviados pelo Estado, promovam a democratização do conhecimento a respeito do assunto. Além disso, devem se assegurar de que a população brasileira enfrente esse problema com o devido apoio, por meio de programas assistencialistas. Dessa forma, essa pedra, que é à questão dos impactos negativos da revolução tecnológica no mercado de trabalho, poderá ser retirada do caminho social.