Materiais:
Enviada em: 01/08/2019

Segundo Heráclito de Éfeso, filósofo pré-socrático, tudo que existe está em permanente mudança ou transformação. Não distante dessa citação, nos dias atuais, a revolução tecnológica digital impacta constantemente com suas transformações nas relações sociais, sobretudo no mercado de trabalho. Dessa forma, medidas são necessárias para lidar com tal inovação, que é motivada não só pela lenta mentalidade social, mas também pela convergências das tecnologias nas esferas sociais.                              De início, é indubitável que o despreparo da população, para lidar com as mudanças da era digital, representa um entrave à resolução da problemática. Isso decorre da educação deficitária presente no país, demarcada pela ausência do pensamento crítico e da criatividade dos indivíduos. É nessa perspectiva que o filósofo Michel de Montaigne defende que o ensino deveria estar atrelado com o empirismo, ou seja, obter conhecimento através de experiências práticas. Nesse cenário, verifica-se que, infelizmente, o mercado de trabalho do país está em declínio com a ausência de especialização dos profissionais.                                                                                                                                                 Ademais, outra razão para os impactos da revolução tecnológica no mercado de trabalho são os avanços das tecnologias em diferentes áreas. Nesse contexto, a inteligência artificial juntamente com a automação é o que mais se destaca, haja vista às mudanças na relação das empresas com os seus clientes. Segundo dados do jornal Folha de São Paulo, 54% das profissões do país podem ser extintas com o advento da robótica no mercado de trabalho, isto é, mais da metade dos postos de trabalho estão ameaçados de substituição por máquina. Evidencia-se, portanto, que a participação da tecnologia no mercado de trabalho pode afetar negativamente grande parcela populacional, o que faz-se necessário alternativas profissionais para esse público.                                                                                     Logo, não há dúvidas de que é preciso que seja tomada uma iniciativa para mudar a questão. Por isso, o Ministério da Educação, sobretudo na voz das instituições de ensino, deve agir na capacitação de profissionais, por meio de investimentos financeiros- os quais serão revestidos em especialização de professores com novas metodologias de ensino, como a introdução de novas ferramentas tecnológicas- com vistas à consolidação de um meio permeado pelo preparo de pessoas para nova configuração do mercado de trabalho. Desse modo, a ideologia do filósofo Michel de Montaigne será solidificada no ensino do país.