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Enviada em: 13/08/2019

No longa metragem "Matrix", é retratado um futuro distópico em que a espécie humana sucumbe perante a tecnologia, dessa forma, torna-se prisioneira de máquinas que antes serviam apenas como ferramenta. No mercado de trabalho, encontra-se um paralelo com o filme a medida em que a humanidade fica cada vez mais sujeita às novas tecnologias para as mais diversas necessidades do dia a dia. É urgente debater a super dependência da alta tecnologia que cresce na sociedade.        Em primeiro lugar, é fato que as empresas buscam diariamente avanços tecnológicos mais baratos e eficientes para satisfazer a demanda de seus consumidores. Assim como o Fordismo, modelo de produção criado por Henry Ford no início do século XX, que idealizou um sistema de montagem dependente de maquinários que favoreciam os operários nas fábricas, antes que a tecnologia superasse a mão de obra humana e fossem forçados a se adaptar a nova revolução industrial: a dos robôs.      Por conseguinte, segundo a Federação Internacional de Robótica, quase 254 mil robôs foram comprados pela indústria de todo o mundo em 2015, no Brasil foram comercializados cerca de 1,5 mil no mesmo período. Porém, embora a tecnologia aumente a produtividade, em contraste, diminui progressivamente a demanda de mão de obra humana em fábricas, o que eleva o nível de instrução necessário para entrar no mercado. Desta forma, desfavorece os menos capacitados e corrobora para o aumento do desemprego em locais onde há menos pessoas instruídas e, consoante Albert Einstein, "se tornou aparentemente óbvio que nossa tecnologia superou a nossa humanidade".       Portanto, urge que o Estado intervenha como mediador desse progresso. Em primeiro lugar, o Ministério da Educação junto ao Ministério da Ciência e Tecnologia precisa, desde o ensino básico, adaptar os cidadãos a um novo mercado laboral por meio de cursos técnicos e especializantes desde a juventude, com a construção de escolas técnicas e palestras juntas de eventos sobre o assunto. Destarte, irá permitir que os jovens adquiram experiência e estejam preparados para concorrer aos mais diversos cargos. Assim, a tecnologia continuará apenas como uma ferramenta do progresso da civilização, e não seu fator determinante, como proferido no futuro distópico de Matrix.