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Enviada em: 25/08/2019

Embora Albert Einstein, físico teórico alemão, ratifique que "o espírito humano deve prevalecer sobre a tecnologia'', na contemporaneidade as maquinas são utilizadas para construir seres sociais mais limitados. Nesse sentido, observa-se que o trabalho deixa de ser um valor para se tornar um instrumento necessário ao aumento da riqueza daqueles que são proprietários das plataformas tecnológicas (capitalismo de plataforma). Desse modo, essa precarização se deve, principalmente, a fatores como ausência de garantias e a dependência digital do trabalho.      Em primeiro lugar, vale ressaltar que a ''uberização'' ocasionou a precarização e intensificação do trabalho. Esse cenário ocorre, visto que existe uma atividade sendo realizada por um indivíduo, contudo, mostra-se inexistente um vínculo do trabalhador com a empresa, fazendo com que direitos não sejam garantidos, como décimo terceiro e férias. Em consequência disso, percebe-se uma nova forma de exploração pelo capital, na qual os serviços prestados estão de acordo com a demanda e não mais pelo tempo de ofício. Assim, em vez de empoderar os cidadãos, as grandes corporações estão reformulando as estratégias do negócio para favorecerem a si mesmas.      Não fosse suficiente, as relações de atividades laborais são mediadas por sistemas tecnológicos sendo um entrave para a diminuição da exploração. A prova disso é que está em curso um processo de mercantilização da vida do trabalhador, uma vez que o tempo de ofício e a vida privada se misturam, o que pode gerar um processo de ''escravidão digital''. Para ilustrar esse panorama, o motorista da empresa UBER, precisa despender no mínimo 4 horas por dia só para arcar com os custos da própria ferramenta de trabalho, o carro, segundo dados da pesquisa realizada pelo Instituto de Tecnologia de Massachussets. À vista disso, a frase de Jean-Jacques Rousseau representa parte da sociedade atual ''O homem nasce livre e por toda parte encontra-se acorrentado'', dado que o meio cibernético é mais uma forma de aprisionamento da essência humana.         Nesse sentido, ficam evidentes, portanto, os elementos que contribuem para o atual cenário negativo do mercado de trabalho. Cabe, ao Poder Legislativo, por meio da elaboração de uma lei, a intensificação das regulamentações sobre empresas que atuam como intermediadoras de serviços, com o objetivo de restringir a capacidade das corporações de contornarem as leis trabalhistas. Por fim, o Ministério do Trabalho em parcerias com as plataformas digitas elabore palestras informativas para os indivíduos que trabalham com aplicativos, explicando os malefícios que as longas jornadas de trabalho podem ocasionar para a saúde, com o propósito de melhorar a qualidade de vida dos funcionários independentes. Desse modo, segundo Einstein, a humanidade prevalecerá sobre a tecnologia.