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Enviada em: 17/10/2017

A Revolução Industrial, a partir do século XVIII, mudou tanto o cenário social, quanto o laboral. Com a Revolução tecnológica dos séculos XX e XXI não foi diferente, visto que esta gerou impactos significativos no mercado de trabalho, tais como a instabilidade empregatícia daqueles pouco qualificados e a transferência da mão de obra especializada. Logo, medidas são necessárias para minimizar tais impactos.      A falta de estabilidade dos postos de emprego é o principal impacto da era digital tecnológica. Um bom exemplo disso foi a Revolução verde, iniciada na década de 70 no Brasil, a qual foi responsável pela modernização do espaço rural através da implantação de máquinas e sistemas sofisticados. Esse cenário ocasionou, e ocasiona até hoje, um massivo desemprego estrutural, isto é, quando o trabalhador é substituído pela máquina e perde seu emprego de forma definitiva. Dessa maneira, em uma era dominada pela tecnologia, apesar da produtividade ser aumentada, os trabalhadores sentem-se inseguros, pois sabem que, a qualquer momento, podem perder definitivamente seus postos.      No entanto, o panorama para os trabalhadores altamente especializados é bem diferente. Por serem minoria e gerarem grande rentabilidade aos empregadores, esses indivíduos são hipervalorizados no mercado de trabalho, o que acarreta, não raramente, a "fuga de cérebros", ou seja, fenômeno em que trabalhadores especializados saem de seus países de origem - geralmente dos subdesenvolvidos - em direção às nações desenvolvidas, como os EUA e o Japão. Desse modo, as regiões menos desenvolvidas, por perderem uma mão de obra supercapacitada, acabam enfraquecidos no cenário tecno-econômico-científico mundial e, em paralelo a isso, os países desenvolvidos, que asseguram esses trabalhadores, aumentam sua hegemonia nesse aspecto.      A instabilidade laboral dos menos qualificados e o deslocamento dos mais capacitados são, portanto, impactos determinantes no mercado de trabalho. Para minimizar esses impactos, O Ministério do Trabalho, em parceria com o SENAI, deve oferecer cursos de qualificação profissional àqueles despreparados, visando capacitá-los, verdadeiramente, para os cargos desejados, diminuindo sua instabilidade. Além disso, as empresas devem propor garantias aos funcionários, como contratos a longo prazo, a fim de aumentar, ainda mais, a estabilidade dos assalariados. Ademais, os países que apresentarem mão de obra especializada, especialmente os de médio e baixo nível de desenvolvimento socioeconômico, devem preservá-los em território nacional, através de aumentos salariais pelo Estado e ideais patrióticos divulgados pela mídia, a fim de garantir o desenvolvimento eficiente da nação.