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Enviada em: 18/10/2017

Desde Karl Marx, e seu materialismo histórico, a relação indivíduo e trabalho caracteriza uma sociedade. Não obstante, hoje, no Brasil, a revolução tecnológica digital é o imperativo sobre as relações de trabalho ditando impactos tanto positivos quanto negativos, se por um lado houve a criação de novos postos de trabalho, por outro há deficiência na qualificação do profissional.  Vale ressaltar que a quantidade de carreiras obteve um aumento substancial nos últimos anos. Como propõe Zigmunt Bauman, o mundo contemporâneo tem um aspecto líquido. Essa liquidez promove a necessidade de constante mudança para atender às novas demandas, sendo evidente na quantidade de novos cursos oferecidos pelas universidades do Brasil. A consequência disso está na criação de uma grande quantidade de vagas para as mais diversas funções aumentando as oportunidades de emprego e diversificando o mercado de trabalho.  Entretanto, o descompasso entre a qualificação profissional e a demanda do mercado é um problema a ser contornado. O fator causador dessa questão está no âmbito político do país. Uma vez que, aliado à ideia de Thomas Hobbes, de que o estado deve promover o equilíbrio social, a ausência de investimento governamental na área de capacitação gera a segregação de vagas de emprego que, por vezes, ficam concentradas em grupos com maior renda os quais dispõem de recursos para qualificarem-se, sendo esse fato um contraponto ao ideal hobbesiano.    Depreende-se, portanto, que os impactos da revolução tecnológica no mercado de trabalho tem face positiva e negativa. É necessário que medidas sejam tomadas para contornar o aspecto negativo. Logo,  cabe ao Estado, em parceria com as empresas, investir em qualificação por meio da oferta de cursos gratuitos e da criação de uma bolça de estudos para o trabalhador desempregado, a fim de disponibilizar a qualificação e garantir sua abrangência entre o trabalhador, combatendo a segregação de mercado. Assim, o equilíbrio de Hobbes será alcançado em favor do Brasil.